Multas por avanço de sinal caem 80% no primeiro semestre em Belo Horizonte

Danilo Emerich - Hoje em Dia
18/08/2014 às 07:37.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:50
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

A expressão popular “só aprende quando dói no bolso” parece fazer efeito no trânsito de Belo Horizonte. O número de multas por avanço de sinal vermelho caiu 80% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2013.

A justificativa, segundo especialistas e os próprios motoristas, é que o medo das autuações reduziu o número de infrações.

Conforme dados do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), entre janeiro e junho do ano passado, 123.878 multas foram aplicadas pelos radares de avanço de sinal, mais conhecidos como “pardais”. Neste ano, no mesmo período, as autuações caíram para 25.470.

Belo Horizonte conta com 48 equipamentos de avanço de semáforo. No entanto, quase metade das infrações flagradas são registradas por apenas cinco aparelhos, que somam 12.784 ocorrências entre janeiro e junho deste ano.

O campeão de autuações está na avenida dos Andradas, sob o Viaduto Santa Tereza, no sentido bairro/Centro. O pardal sozinho registrou 4.265 multas no primeiro semestre de 2014, uma média de 23 por dia.

Outros radares que lideram o ranking de multas estão localizados na avenida dos Andradas, na esquina com rua dos Carijós (2.780 autuações); no cruzamento da avenida Afonso Pena com rua dos Tupis (2.666), esquina da Afonso Pena com rua Pernambuco (2.032) e na avenida Amazonas com rua Araguari (1.041).

JUSTIFICATIVA

Segundo o especialista em engenharia de transporte e trânsito da Fumec, Márcio Aguiar, a redução de autuações é positiva. Ele diz que é sinal que a fiscalização está funcionando.

“As pessoas que foram multadas sentem no bolso e começam a pensar duas vezes antes de furar um sinal. Quando a fiscalização funciona, as multa também caem, consequentemente os acidentes e mortes no trânsito”, afirmou.

Motoristas também se dizem favoráveis aos aparelhos. O auxiliar de produção Amaral Nunes Silva, de 40 anos, diz que percebe mais respeito dos condutores em cruzamentos.

Já o universitário Breno Laender, de 24, afirma que até em esquinas de bairro, as pessoas estão parando com medo de algum radar escondido. “Eu mesmo estou mais atento. O problema é quando batem na traseira, como aconteceu comigo há uns dois anos”.

Segundo a BHTrans, o principal objetivo dos detectores de avanço é a redução de acidentes. No ano 2000, a capital mineira registrou 4,37 mortes para cada 10 mil veículos. Em 2012, a taxa caiu para 1,20.

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