Apesar da manifestação que durou a tarde toda na Savassi, turistas e belo-horizontinos não desistiram de acompanhar os jogos no tradicional ponto boêmio da cidade. “A festa prevaleceu por aqui”, disse o engenheiro de produção Gabriel Henrique Santos, de 27 anos. Ciente de que haveria protestos na região, com o acompanhamento de centenas de policiais, o rapaz, com um grupo de amigos, decidiu ir para a Savassi. “Está muito mais seguro. A manifestação não deve dar problema”, disse.

 

“Daqui, escuto o barulho, mas está muito tranquilo. Tem é muita cerveja e muita mulher bonita”, disse o colombiano Juan Camilo Blanco, de 31 anos. Ele o amigo Sérgio Barba estavam em um bar a poucos metros dos manifestantes. “Eles têm o direito de lutar por seus ideais, e não estão atrapalhando quem veio se divertir”, avaliou Juan.

 

Com a Savassi cheia, os colombianos Kanu Prya Das, de 30 anos, e Ranehy Gouranga, de 46, aproveitaram para se divertir e divulgar hábitos saudáveis, distribuindo guias sobre vegetarianismo. No Brasil desde 12 de junho, a dupla esteve na região em todos os jogos da Copa do Mundo. “Hoje (terça) encontrei muitos policiais e senti medo, mas vou permanecer aqui mesmo”, disse Kanu.

 

O amigo, no entanto, tem opinião contrária. “Senti-me muito mais seguro com esse policiamento ostensivo”, frisou Ranehy.