O historiador Abílio Barreto (1883-1957) nasceu em Diamantina, mas era um apaixonado por Belo Horizonte. Devoção que se espraiou até pelo mobiliário de sua residência. Segundo pessoa próxima à família – que, no entanto, pediu anonimato – durante a mudança de residência da família, foi encontrado um bilhete colado sob uma mesa, no qual Barreto disse que o móvel foi utilizado para escrever a história da capital mineira. A mesa integra o conjunto do Museu Histórico Abílio Barreto (MHAB), que nesta terça-feira (18) completa 71 anos.

Motivo pelo qual a instituição está em festa, com direito a lançamento de livros e catálogos e a inauguração de mostra da Pinacoteca MHAB, com obra de Délio Delpino. O quadro – com o casarão do museu e o entorno da Fazenda Velha do Leitão – ficará exposto por três meses e poderá ser visitado de terça a domingo, das 10 às 17h, e às quartas e quintas, das 10 às 21h.

Serão lançados os títulos “O Museu e a Cidade Sem Fim: 70 Anos de História Preservada no MHAB, o Museu da Cidade”, de estudos sobre o museu; “Belo Horizonte F.C. Trajetórias do Futebol na Capital Mineira”; e “Uma História, Dois Personagens”, catálogos da Coleção Lia Salgado e Coleção Clóvis Salgado. Todos poderão ser adquiridos no local.

Elo colonial

A gestora do MHAB, Célia Regina Araújo Alves, diz que, entre outras particularidades, o Casarão (onde o museu está instalado) representa não só a história, mas também o presente. “É um espaço da cidade, que era o Curral Del Rey e que mantém BH conectada com esse passado”, frisa.

O casarão do MHAB era a casa principal da Fazenda do Leitão, construída provavelmente em 1883 pelo curralense Cândido Lúcio da Silveira, e desapropriada em 1894 pela comissão construtora de Belo Horizonte. Foi transformada em museu em 1943, pelo então prefeito Juscelino Kubitschek. Abílio Barreto foi seu administrador e, por seu trabalho, o espaço leva seu nome.

MHAB – Celebração dos 71 anos. Nesta terça-feira (18), às 10 horas. Av. Prudente de Morais, 202, Cidade Jardim. Entrada franca

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