Evitar desgastes

“Não abro nem fecho; mas se fechar, eu quero”, diz Fuad, sobre Aeroporto do Carlos Prates

Hermano Chiodi
hcfreitas@hojeemdia.com.br
29/03/2023 às 16:18.
Atualizado em 29/03/2023 às 16:24
Prefeito de BH, Fuad Noman, avalia o fechamento - ou não - do aeroporto Carlos Prates (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

Prefeito de BH, Fuad Noman, avalia o fechamento - ou não - do aeroporto Carlos Prates (Maurício Vieira/Hoje em Dia)

O prefeito de Belo Horizonte Fuad Noman (PSD) afirmou, nesta quarta-feira (29), que a administração municipal não é a responsável por definir os rumos do aeroporto do Carlos Prates e tem apenas um desejo para o local - é interesse da PBH dar uma destinação social para o espaço.

O prefeito destacou que a decisão sobre o destino do espaço caberá ao governo federal, que administra a área. A posição da prefeitura evita desgastes com os grupos que disputam o futuro do aeroporto.  “Não abro nem fecho; mas se fechar, eu quero”, comentou Fuad sobre o imbróglio que envolve o destino do aeroporto, localizado na região oeste da capital. 

A declaração de Fuad foi dita após reunião com moradores e parlamentares que querem o fechamento do aeroporto. Por outro lado, pilotos, estudantes e prestadores de serviço têm realizado ações para defender a manutenção do aeródromo, onde também funcionam escolas de aviação.

Reunião em Brasília
Na terça-feira (28), o secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade, Pedro Bruno, se reuniu com o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, em Brasília (DF), para defender a manutenção do aeroporto aberto e pediu prorrogação de seis meses para o fechamento do espaço.

Fuad mandou até um sinal aos defensores do aeroporto e destacou que pode negociar prazos diferenciados, caso a prefeitura assuma a área. “Entendo a questão dos usuários e podemos conversar para minimizar impactos e aumentar prazos”, destacou. 

O governo federal, que tem a palavra final sobre o assunto, manteve a decisão de fechamento e determinou prazo final para o encerramento das atividades no dia 31 de março. Essa ideia ganhou força após a queda de um monomotor sobre casas vizinhas ao aeroporto, no dia 11 de março, após uma falha durante o pouso da aeronave.

O vereador de Belo Horizonte Bruno Pedralva (PT), um dos organizadores da reunião desta quarta-feira, disse que os defensores da desativação do aeroporto pretendem se encontrar com o presidente Lula, na próxima semana, para fazer a defesa desse ponto de vista e evitar retrocessos.

Projeto
Segundo Fuad, a proposta do governo é criar áreas de logística, habitação e lazer onde hoje funcionar o aeroporto do Carlos Prates. No entanto, ele reforçou que não existe nenhum projeto elaborado e que há apenas ideias.

Na expectativa de Fuad, a transformação da área deve custar aproximadamente R$ 500 milhões, recursos que seria obtido a partir de empréstimo feito pela administração municipal.

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