As obras da Via 710, avenida que vai ligar as regiões Leste e Nordeste de Belo Horizonte, não devem ser concluídas pela atual gestão, afirmou o prefeito Alexandre Kalil em entrevista à Rádio Itatiaia nesta terça-feira (10).
Segundo o chefe do Executivo, existe a necessidade de desapropriação de algumas moradias para que a pista seja liberada integralmente. “Tenho que tirar 20 barracões e 10 casas, que o Marcio Lacerda não acabou e eu não vou acabar, porque desapropriação não se faz em cima da perna. Existe justiça na primeira e segunda instância, até na terceira. Começar para não acabar? Tem que ter projeto”.
A via era prevista inicialmente para ser construída em 2012 e entregue a tempo da Copa do Mundo de 2014. Contudo, por causa de ações na Justiça, a conclusão foi postergada.
A pista, com extensão de 5 km, irá da Cristiano Machado até a avenida dos Andradas, no bairro São Geraldo, na regional Leste. Em fevereiro do ano passado, foi liberado o trecho entre as avenidas José Cândido da Silveira, no bairro União, e a avenida Cristiano Machado, no bairro São Paulo.
Em maio de 2021, os acessos para os bairros São Paulo e Palmares, na região Nordeste da capital, foram abertos pela PBH. A avenida está sinalizada com travessias semaforizadas e equipamentos de controle de velocidade, com regulamentação de 60km/h.
Por meio de nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que o valor investido é de, aproximadamente, R$ 120 milhões. "Em desapropriações, a prefeitura investe cerca de R$160 milhões. A conclusão do empreendimento depende do andamento das desapropriações e remoções judicializadas. Neste momento, 25 residências aguardam a decisão judicial em processos de desapropriação e remoção".
Leia mais:
‘Medidas duras, mas orientadas por profissionais de primeira’, diz Kalil sobre condução da pandemia
‘Não sai nem daqui 15 anos’, diz prefeito da capital Alexandre Kalil sobre Rodoanel da Grande BH