As mortes violentas intencionais aumentaram em Minas. Mais de 3 mil pessoas perderam a vida vítimas de homicídio doloso - incluindo feminicídios -, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e durante intervenções policiais. Os dados fazem parte da 18ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgado nesta quinta-feira (18).
No território mineiro foram 3.044 óbitos em 2023, contra 2.936 no ano anterior. O aumento foi de 3,7%, na contramão do cenário nacional. No país, houve uma redução de 3,4% no mesmo período. Apesar da queda, foram 46.328 mortes violentas, o que representa 22,8 a cada 100 mil habitantes.
Na comparação entre os estados, Minas é o que teve mais ocorrências entre o Sudeste. Além disso, ocupa a sexta posição com mais registros, atrás apenas do Pará, Piauí, Pernambuco, Ceará e Sergipe.
Na série histórica, o número de 3.044 mortes em Minas é o maior registrado desde 2014. Há dez anos, foram 4.421 óbitos, segundo os dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública.
O estado está entre as seis unidades da Federação que registraram crescimento no comparativo entre 2022 e 2023: Amapá (39,8%), Mato Grosso (8,1%), Mato Grosso do Sul (6,2%), Pernambuco (6,2%) e Alagoas (1,4%).
Homicídio doloso no topo
A pesquisa mostra que o homicídio doloso - cometido com a intenção de matar - foi o crime com mais registros: 2.827. Na sequência estão as mortes recorrentes de intervenção policial (em serviço e fora), com 136 registros. Depois estão os latrocínios (74) e lesão corporal seguida de morte (24).
Veja outros números do Anuário em Minas, no comparativo entre 2022 e 2023
Suicídios de policiais: de 16 para 13 (-18%)
Pessoas desaparecidas: 6.795 para 7.194 (5,8%)
Roubo de veículos: 5.477 para 4.371 (-22%)
Furto de veículos: 22.778 para 23.326 (-1%)
Roubo de celulares: 12.945 para 9.992 (-22,8%)
Furto de celulares: 40.698 para 40.552 (-0,4%)
Estelionato: 132.120 para 141.649 (7,2%)
Estelionato por meio eletrônico: 35.878 para 40.906 (14%)
Roubo a estabelecimento comercial: 3.325 para 2.480 (-25,4%)
Roubo a residência: 1.916 para 1.686 (-12%)
Roubo a transeunte: 10.945 para 8.742 (-20%)
Roubo a banco: 20 para 11 (-44,7%)
Roubo de carga: 336 para 252 (-25%)
Registros de injúria racial: 494 para 717 (45,1%)
Registros de racismo: 189 para 376 (98.9%)
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