(REPRODUÇÃO / REDES SOCIAIS)
Um vídeo divulgado nesta quarta-feira (22), captado pela câmera do sistema de monitoramento da Igreja Batista Shalon de Paracatu, no Noroeste de Minas Gerais, mostra o momento em que o militar reformado das Forças Armadas invade o templo armado, na noite de terça-feira (21), e ameaça fiéis que participavam de um culto fechado. Nas imagens obtidas pelo site local Paracatu News é possível ver o suspeito efetuando um disparo.
Durante os quase dois minutos do vídeo é possível ver o instante exato em que Rudson Aragão Guimarães, de 39 anos, conseguiu entrar na igreja, que estava de portas fechadas. Para isso, ele arrombou a grade e a porta do local. Nas imagens, vê-se um grupo de fiéis orando em círculo enquanto uma criança pequena perambula entre as cadeiras.
De repente, a roda se desfaz e um dos homens, que parece ser o pastor, foge. Logo em seguida, o suspeito aparece com a garrucha calibre 36 na mão, pouco antes, uma garotinha passa correndo na direção contrária à do atirador. Após algum tempo, Guimarães aparece mais uma vez na câmera, dessa vez empurrando uma mulher e apontando a arma para a cabeça dela.
Um homem tenta conversar com ele, mas é empurrado e quase cai no meio da igreja. Toda essa tensão acontece enquanto uma mulher com uma criança de colo assiste a tudo apavorada na frente do templo.
No fim do vídeo, o homem aponta a arma para a direção de um idoso que caminhava vagarosamente e dispara. O tiro atinge algo no fundo e parece também ter acertado o idoso, que põe a mão na região da cintura e chega a levantar a blusa para olhar onde ele parece ter sido atingido.
Confira:
O crime
A invasão da igreja evangélica aconteceu após o suspeito assassinar a ex-namorada, Heloísa Vieira Andrade, de 59 anos, com uma facada no pescoço. O primeiro homicídio foi cometido na casa da mãe de Guimarães. Já no templo, o suspeito assassinou o pai do pastor local, Antônio Rama, de 67 anos, e as frequentadoras da célula Marilene Martinho de Melo Neto, de 52 anos, e Rosângela Albernaz, de 50.
Rudson Aragão Guimarães era soldado da Aeronáutica até 2003 e o motivo de sua saída da corporação não foi informado pela assessoria de imprensa do órgão. No momento do massacre, policiais que faziam o patrulhamento ouviram os tiros e chegaram ao local rapidamente, exigindo que o homem largasse a arma. De frente para os policiais, ele logo fez uma mulher de refém e, em meio à negociação, atirou na cabeça dela. Em seguida, um policial atirou no abdômen do suspeito, que recebeu atendimento médico e foi levado para o hospital da cidade.
O pastor da igreja, que seria o principal alvo do atirador segundo informações não oficiais, fraturou o pé enquanto fugia do atirador. Ele foi encaminhado ao Hospital Municipal de Paracatu.
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