transporte público

Novos rumos da greve do metrô de BH serão debatidos em assembleia dos trabalhadores nesta quarta

Da Redação
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Publicado em 05/04/2022 às 14:10.Atualizado em 05/04/2022 às 14:19.

A greve do metrô de Belo Horizonte chega ao 16º dia nesta terça-feira (5). O movimento dos trabalhadores, iniciado em 21 de março, terá nova assembleia nesta quarta (6). O balanço da paralisação e novas ações a serem tomadas serão discutidas.

O objetivo da greve é evitar a demissão de 1,6 mil servidores após a privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). A categoria cobra informações sobre o futuro do transporte na capital, e destaca a falta de diálogo com a União e a CBTU.

Lideranças do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro) já afirmaram que podem paralisar a greve no momento em que o poder público "chamar para conversar".

Em meio ao impasse, os trens seguem circulando apenas entre 10h e 17h, deixando de operar nos horários de pico. A CBTU reforça que 70% dos passageiros em dias úteis foram prejudicados - somando os 11 dias úteis desde o começo da greve, são quase 800 mil pessoas afetadas desde 21 de março.

"Os metroviários e metroviárias de Minas reafirmam seu compromisso em prestar o serviço com toda dedicação para que a população possa usufruir de um transporte público de qualidade e que a greve, apesar dos transtornos, foi a única forma que encontraram, depois de tantas tentativas de negociar com o governo, inclusive com a intermediação da Justiça, para forçar o governo a negociar um plano que garanta os empregos dos trabalhadores caso a empresa venha a ser privatizada", explicou o Sindimetro em nota. 

A CBTU, por sua vez, ressaltou que está mantida a multa diária de R$ 30 mil pelo descumprimento de decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que determinava funcionamento dos trens durante o horário de pico. O órgão solicitou aumento da cobrança, mas o pedido não foi acatado pelo Tribunal.

Responsável pela condução do processo de desestatização do metrô de BH, o Ministério da Economia afirmou que "não vai se pronunciar" sobre o caso.

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