DIA DE CONSCIENTIZAÇÃO

Número de transplantes de órgãos cresce em Minas, mas 6 mil pessoas ainda aguardam na fila

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
27/09/2022 às 07:00.
Atualizado em 27/09/2022 às 08:27

(Reprodução)

A média mensal de transplantes cresceu em Minas neste ano, após baixas provocadas pela pandemia. No entanto, 6 mil pessoas ainda aguardam na fila por um órgão ou tecido. Pacientes à espera da doação de rim e córnea representam a maioria.

O principal desafio para reduzir os números é a conscientização da família dos potenciais doadores. No Dia Nacional de Doação de Órgãos, lembrado hoje, médicos reforçam a importância do ato – apenas um doador pode salvar mais de 10 vidas. 

O número de doadores também caiu em função da Covid em 2020 e 2021, enquanto a fila de pacientes não parou de crescer, observa o coordenador do MG Transplantes, Omar Lopes Cançado Júnior.

Segundo ele, o número do Estado está dentro da média nacional. No Brasil, 51 mil pessoas aguardam pelo procedimento. Dessas, 2.933 estão em Minas à espera de um rim e 2.901 de um transplante de córnea. 

O único caminho, reforça Omar Lopes, é sensibilizar as famílias. A retirada dos órgãos e tecidos só pode ser feita se autorizada pelos parentes após o doador sofrer morte encefálica. Mesmo que a pessoa tenha deixando por escrito a vontade é preciso o aval. 

De janeiro a agosto deste ano, foram realizados 1.301 transplantes de órgãos no território mineiro. Em 2021, foram 1.733 procedimentos. Os dados são da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig

)

Atualmente, cerca de 40% das famílias se recusam. “Então é importante que as pessoas conversem sobre o assunto para ser uma decisão mais fácil para os familiares quando chegar a hora”, afirma Omar Lopes.

A urgência é reforçada pelo estado de saúde de quem aguarda. O coordenador do MG Transplantes destaca que os pacientes, muitas vezes, têm quadro delicado. “O transplante é a única oportunidade para ela voltar a ter esperança e uma vida normal”. 

Doação em vida
As pessoas também podem ser doadoras de órgãos “duplos”, que não prejudicarão as aptidões vitais após o transplante, como um dos rins e pulmões, parte do fígado, pâncreas e da medula óssea.

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