Do 8º andar

OAB suspende registro de advogado suspeito de jogar ex-namorada pela janela na zona Sul de BH

Crime ocorreu em 2022 no bairro São Bento

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 18/12/2024 às 13:46.Atualizado em 18/12/2024 às 17:03.
Carolina morava com os dos filhos no prédio onde foi encontrada morta em junho de 2022 (Reprodução Redes Sociais)
Carolina morava com os dos filhos no prédio onde foi encontrada morta em junho de 2022 (Reprodução Redes Sociais)

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção Minas Gerais, informou nesta quarta-feira (18) que suspendeu preventivamente o registro do advogado suspeito de ter matado a namorada, Carolina da Cunha Pereira França Magalhães, em junho de 2022. De acordo com as investigações, ele é acusado de ter jogado a mulher do 8º andar do prédio onde ela morava com os dois filhos no bairro São Bento, região Centro-Sul de Belo Horizonte.

O crime vinha sendo investigado como suicídio, mas no mês passado, o Tribunal de Justiça de Minas aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réu o advogado e ex-namorado, principal suspeito da morte de Carolina Magalhães, que tinha 40 anos à época. 

A suspensão anunciada nesta quarta-feira foi tomada, informa a OAB -MG, "em virtude do reconhecimento de que os graves fatos a ele atribuídos causaram evidente repercussão prejudicial à dignidade da advocacia". 

A suspensão preventiva foi imposta pela 3ª Turma do Tribunal de Ética e Disciplina e o respectivo processo disciplinar segue em tramitação sigilosa por imposição legal.

Em nota, Demian Magalhães, irmão da advogada, comentou a suspensão.

"A OAB demonstrou compromisso com a justiça e a ética, tratando do caso com a sensibilidade que merece. A mesma sensibilidade que vimos na reação da sociedade, de perplexidade e indignação, diante de fatos tão graves e corroborados por tão provas contundentes. (...) Espero que o Judiciário tenha a mesma sensibilidade e senso de urgência. Se o exercício da advocacia (cita o suspeito) representa um risco à dignidade da profissão, a sua liberdade representa um risco ainda maior para mulheres que eventualmente cruzem o seu caminho", discorreu.

O advogado do suspeito, Guilherme Colen, informou ao Hoje em Dia que ainda avalia "o melhor momento" para se manifestar a respeito da suspensão.

* Matéria atualizada às 17h03 com o posicionamento do advogado do suspeito

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