A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), seção Minas Gerais, informou nesta quarta-feira (18) que suspendeu preventivamente o registro do advogado suspeito de ter matado a namorada, Carolina da Cunha Pereira França Magalhães, em junho de 2022. De acordo com as investigações, ele é acusado de ter jogado a mulher do 8º andar do prédio onde ela morava com os dois filhos no bairro São Bento, região Centro-Sul de Belo Horizonte.
O crime vinha sendo investigado como suicídio, mas no mês passado, o Tribunal de Justiça de Minas aceitou a denúncia do Ministério Público e tornou réu o advogado e ex-namorado, principal suspeito da morte de Carolina Magalhães, que tinha 40 anos à época.
A suspensão anunciada nesta quarta-feira foi tomada, informa a OAB -MG, "em virtude do reconhecimento de que os graves fatos a ele atribuídos causaram evidente repercussão prejudicial à dignidade da advocacia".
A suspensão preventiva foi imposta pela 3ª Turma do Tribunal de Ética e Disciplina e o respectivo processo disciplinar segue em tramitação sigilosa por imposição legal.
Em nota, Demian Magalhães, irmão da advogada, comentou a suspensão.
"A OAB demonstrou compromisso com a justiça e a ética, tratando do caso com a sensibilidade que merece. A mesma sensibilidade que vimos na reação da sociedade, de perplexidade e indignação, diante de fatos tão graves e corroborados por tão provas contundentes. (...) Espero que o Judiciário tenha a mesma sensibilidade e senso de urgência. Se o exercício da advocacia (cita o suspeito) representa um risco à dignidade da profissão, a sua liberdade representa um risco ainda maior para mulheres que eventualmente cruzem o seu caminho", discorreu.
O advogado do suspeito, Guilherme Colen, informou ao Hoje em Dia que ainda avalia "o melhor momento" para se manifestar a respeito da suspensão.
* Matéria atualizada às 17h03 com o posicionamento do advogado do suspeito
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