Sem alvará

Obra onde trabalhador morreu após queda de laje é embargada em BH

Equipe de fiscalização fez vistoria no local e constatou ausência do alvará para as intervenções

Bernardo Haddad*
@_bezao
Publicado em 25/09/2024 às 10:37.Atualizado em 25/09/2024 às 10:56.
Funcionário trabalhava em galpão quando a laje caiu sobre ele (Valéria Marques/Hoje em Dia)
Funcionário trabalhava em galpão quando a laje caiu sobre ele (Valéria Marques/Hoje em Dia)

A Prefeitura de Belo Horizonte embargou, nesta terça-feira (24), a obra onde uma laje caiu sobre dois operários no bairro Prado, em Belo Horizonte. Um dos trabalhadores não resistiu e morreu no local. O segundo sofreu escoriações leves. 

Conforme a PBH, uma equipe da Subsecretaria de Fiscalização fez uma vistoria no local e constatou a ausência do alvará para as intervenções. A construção, que seria ampliação de uma drogaria, foi embargada por tempo indeterminado, sendo proibida qualquer intervenção no local. 

A reportagem procurou a drogaria e aguarda retorno.

Já a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que apura os fatos, que tão logo acionada, a perícia oficial compareceu ao local, onde foram realizados os trabalhos de praxe e providenciada a remoção do corpo do homem, de 49 anos, ao Instituto Médico-Legal, onde foi submetido ao exame de necropsia e, em seguida, liberado aos familiares. "A PCMG aguarda a conclusão de laudos periciais e a investigação encontra-se em andamento", detalhou.

O acidente

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu por volta de 9h. Os funcionários trabalhavam em um andaime de aproximadamente 1,5 metro, fazendo a supressão da estrutura, quando a laje caiu. 

"Ele estava trabalhando em cima de um andaime, junto de um outro companheiro, fazendo o rompimento de estruturas e, num determinado momento, uma das estruturas cedeu vindo a jogar os dois funcionários abaixo do andaime, e acabou acertando esse funcionamento. O segundo não teve ferimentos graves", explicou o tenente Thyago Izaque. 

Conforme o militar, o funcionário utilizava equipamentos de segurança, mas não resistiu aos ferimentos. "Ele utilizava capacete, cinto de segurança, estava tudo certinho. Para fazer o resgate utilizamos um martelete, um equipamento específico de rompimento de estruturas. Utilizamos também uma lixadeira para poder fazer corte de ferragem. Essa foi a dificuldade, de fazer o rompimento das estruturas sem deixar que a mesma caísse sobre a vítima", disse.

O tenente explicou que quando a corporação chegou, médicos do Samu já estavam no local. Os profissionais constataram o óbito. "O corpo será encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML) de BH e a Polícia Civil assumirá as investigações", apontou.

*Estagiário, sob supervisão de Gledson Leão 

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