Obras no Museu Mariano Procópio devem se arrastar por mais 8 meses

Renata Miranda - Do Hoje em Dia
09/09/2012 às 12:20.
Atualizado em 22/11/2021 às 01:07
 (Gleice Lisboa/Divulgação)

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JUIZ DE FORA – Oito meses. Esta é pelo menos a promessa de um novo prazo para que o Museu Mariano Procópio reabra as portas. A instituição fica em Juiz de Fora, na Zona da Mata, e abriga o segundo acervo nacional referente à família imperial. São mais de 53 mil peças entre livros, fotografias, mobiliário, telas e roupas pertencentes a Dom Pedro I e Dom Pedro II. Tudo está em dois prédios do complexo. Intervenções inadequadas e falta de recursos atrasaram as obras de restauração. Um projeto aprovado pelo Instituto Brasileiro de Museus, por meio do Edital de Modernização, garante o investimento de R$ 230 mil por parte do governo federal.   Eleições   No entanto, o dinheiro só será liberado depois das eleições. E é somente uma parte do necessário para torná-lo “ideal e adequado”. Segundo o diretor superintendente da Fundação Museu Mariano Procópio, Douglas Fasolato, obras gerais de recuperação e ampliação exigiriam pouco mais de R$ 30 milhões. “Existe uma planilha da Fundação Museu Mariano Procópio, em continuidade ao seu programa de governo, com estimativa de custo para a reabertura em condições ideais, mas que pode e deve viabilizar a reabertura parcial por prédios e áreas”, disse Fasolato.   Parcerias   Mas tudo depende de parcerias concretizadas para a liberação de recursos. Cerca de 74% do orçamento do Museu Mariano Procópio é destinado ao custeio de gastos e pagamento da folha, que tem 21 funcionários efetivos e três contratados. Portanto, sobra pouco para investimentos em obras de restauração.    O trabalho da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) Permear tem sido a alternativa para driblar a falta de mão de obra qualificada. A entidade disponibiliza arquitetos que supervisionam os trabalhos. “São muitas frentes de obras. E nós tentamos executar um trabalho técnico”, afirma a coordenadora da Permear, Milena Andreola.    E ao longo dos anos, os problemas foram se acumulando. Por mais de 30 anos, os prédios do complexo foram cobertos por telhas galvanizadas. Elas escondiam as germânicas e ajudavam na deterioração dos edifícios Villa Ferreira Lage, de 1861, e Mariano Procópio, de 1922. Para ela, as obras paralisadas só pioraram a situação do museu.

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