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Cerca de 40 pessoas da comunidade Nelson Mandela se acorrentaram, na manhã desta terça-feira (30), em frente a Prefeitura de Belo Horizonte, em um ato contra a iminência de despejo das famílias que vivem na barragem do Parque Ecológico do Cardoso, no Aglomerado da Serra, região Centro-Sul da capital mineira. O grupo cobra das autoridades uma mesa de negociações para discutir uma solução para estas famílias.
Uma tragédia anunciada. Assim a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) de Belo Horizonte classifica a ocupação irregular. No dia 16 de dezembro, o órgão alertou para a possibilidade de despejo de 200 mil toneladas de água, terra e detritos ao longo das avenidas Mem de Sá e Andradas. Além do impacto ambiental, o rompimento da estrutura de contenção pode causar desastres humanos e materiais.
Desde janeiro deste ano, cerca de 40 famílias invadiram e ergueram casas na barragem. A ação dos ocupantes, contudo, está retirando a cobertura vegetal do local devido as escavações irregulares para construção das moradias no corpo da encosta.
De acordo com a Comdec, a estabilidade da obra de contenção está comprometida. A população que invadiu a barragem corre risco, já que as escavações criaram vários pontos de escorregamento. Além disso, todas as moradias construídas no local estão lançando esgoto no córrego que já estava recuperado e terra no canal de água que evita as inundações da avenida Mem de Sá.
A Companhia Urbanizadora de Habitação (Urbel) informou que para evitar o desastre tenta, arduamente, negociar a saída das famílias da barragem e cobra o cumprimento de liminar expedida pela Justiça.