Oito pessoas são presas suspeitas de roubo a carga de agrotóxicos avaliada em R$ 50 milhões em Minas
Crime ocorreu em julho do ano passado; de acordo com a Polícia Civil, detidos fazem parte de organização criminosa
Oito pessoas foram presas suspeitas de integrar uma quadrilha responsável pelo roubo de uma carga de agrotóxicos avaliada em R$ 50 milhões.O crime ocorreu em Uberaba, no Triângulo Mineiro, em julho do ano passado.
A prisão do grupo foi no último dia 8 - e informada pela Polícia Civil de Minas nesta segunda (15) - durante ação realizada em três cidades mineiras (Uberaba, Conceição das Alagoas e Frutal) e no estado de São Paulo, no município de Ribeirão Preto. Foram cumpridos 30 mandados judiciais, entre prisões e busca e apreensão.
Além das prisões, policiais realizaram a apreensão de aproximadamente uma tonelada e meia do produto roubado. A ação contou com o apoio de policiais do Departamento Estadual de Investigações Criminais do Estado de São Paulo (DEIC-SP).
Em levantamentos, policiais da Delegacia Especializada em Investigação e Repressão ao Roubo a Banco, unidade vinculada ao Departamento Estadual de Investigação de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri), apuraram que o estabelecimento vítima foi alvo de ação criminosa composta por cerca de 30 indivíduos, fortemente armados, que fizeram os funcionários de reféns e roubaram o material da empresa, além de dois revólveres calibre 38.
“Na semana passada, foram cumpridos os mandados expedidos pela Justiça e, com essas prisões, iremos dar início à terceira fase, que inclui levantamentos empresariais e financeiros dos envolvidos”, relatou o chefe do Depatri, delegado-geral Felipe Freitas
Ele explicou que a operação está sendo executada em três partes: a primeira fase foi realizada em dezembro do ano passado, com a arrecadação de elementos para subsidiar a próxima etapa.
O delegado informou que as investigações prosseguem para "quantificar o proveito que, eventualmente, os envolvidos (autores do roubo e receptadores), obtiveram com a prática criminosa"
Modo de agir
O chefe da Divisão Operacional do Depatri, delegado João Prata, que esteve à frente das investigações, ressaltou o modo de agir dos investigados.
“Uma organização criminosa bem articulada, conforme levantamentos já no início das investigações, com integrantes que cometeram outros crimes semelhantes no Triângulo Mineiro e interior de São Paulo”, detalhou João Prata.
“Os envolvidos atuavam da mesma forma em que cometiam assaltos a banco”, concluiu.
Segundo o delegado Daniel Couto, o trabalho dos investigadores culminou na identificação de 15 suspeitos na ação criminosa.
“O trabalho policial identificou dois grupos pertencentes à mesma organização criminosa, uma em Uberaba e outra em São Paulo”, informou. Ainda de acordo com o delegado, as investigações prosseguem para a análise das informações coletadas e identificação dos possíveis receptadores.
Primeira fase
Ocorrida em dezembro de 2023, teve como objetivo o cumprimento de mandados de busca e apreensão e demais levantamentos investigativos. A ação foi desencadeada em conjunto com o Ibama para identificar possíveis estabelecimentos comerciais suspeitos no esquema de venda ilegal.
Também foi realizado, à época, o trabalho de identificação dos alvos e a participação de cada integrante da organização criminosa.