'Espelho Meu'

Operação apura facilitação da entrada de celulares em presídios de Minas; uma pessoa é afastada

Ações ocorreram em BH e outras três cidades mineiras, além de duas capixabas

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
19/10/2023 às 15:26.
Atualizado em 31/10/2023 às 18:36

Foram cumpridos, além de outras cautelares, 17 mandados de busca e apreensão e 1 afastamento de função pública (Divulgação / MPMG)

O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional Governador Valadares e da 11ª Promotoria Criminal também em Governador Valadares, deflagrou, nesta quinta-feira (19), a Operação “Espelho Meu” para apurar a facilitação do ingresso de celulares e outros objetos proibidos em estabelecimento prisional, crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, tráfico ilícito de drogas e facilitação de fuga praticados por integrantes de organização criminosa em Minas e também no Espírito Santo.

As ações ocorreram em Belo Horizonte, Governador Valadares, Ponte Nova e Francisco Sá. Em Minas e nas cidades capixabas de Vitória e Serra. A facilitação envolveria servidores públicos, presos integrantes de organizações criminosas, outros escolhidos como “faxinas” nos pavilhões, além de familiares dos envolvidos.

De acordo com o Ministério Público de Minas, foram cumpridos 17 mandados de busca e apreensão e 1 afastamento de função pública, além de outras cautelares determinados pelo Juízo da Terceira Vara Criminal da Comarca de Governador Valadares. 

Conforme as investigações, a organização criminosa contribui, mediante pagamento, para o ingresso de aparelhos celulares, drogas e outros itens proibidos em estabelecimento prisional e o consequente uso e comércio deles pelos custodiados.

Os presos com acesso aos aparelhos continuavam a comandar o tráfico ilícito de drogas e crimes violentos nos territórios respectivos e ainda auferiam lucros com aluguéis ou revendas dos celulares aos demais presos da unidade prisional.

Os celulares são considerados principal objeto de uso ilícito no interior dos estabelecimentos prisionais para prosseguimento das práticas criminosas extramuros. E são apelidados pelos custodiados de “espelho” - daí o nome da operação.

Participaram da operação a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Corregedoria da Secretaria de Estado e Justiça e Segurança Pública do Estado de Minas Gerais, o Gaeco/BH, o Gaeco/Ipatinga e o Gaeco do Espírito Santo.

Participaram da operação 6 promotores de Justiça de Minas e do Espírito Santo, 53 policiais militares e um civil, 23 policiais penais e 12 policiais militares do Espírito Santo. E contou com o apoio do helicóptero Pégasus e de cães.

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