Operação contra desmatamento no Vale do Mucuri será estendida para o fim de semana

Ana Lúcia Gonçalves - Hoje em Dia
25/04/2014 às 17:31.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:18
 (Wellington Pedro)

(Wellington Pedro)

A fiscalização de combate ao desmatamento na Mata Atlântica na região do Vale do Mucuri, deflagrada quarta-feira (23) pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente Desenvolvimento Sustentável (Semad) e Ministério Público Estadual (MPE), vai continuar neste final de semana. Apesar de ter chegado à região com pontos previamente identificados por satélite, as equipes estão encontrando áreas de devastação ainda não catalogadas e procura os responsáveis.   Nos últimos dois dias, os trabalhos foram concentrados nos municípios de Itaipé, Novo Cruzeiro e Ladainha. São 60 fiscais, policiais civis e militares distribuídos em seis equipes vasculhando uma área de 325 mil hectares. O balanço parcial ainda não foi divulgado, mas, somente em Ladainha, os técnicos de uma das equipes identificaram dois pontos de supressão de mata nativa que não estavam na lista originalmente elaborada de locais a serem investigados.    Nestes locais, que totalizam 14 hectares, foram encontrados fornos, carvão proveniente de vegetação nativa e lenha. A maior parte da madeira, no entanto, já havia sido retirada. A multa para cada um dos responsáveis pode chegar a R$ 70 mil. Além de áreas de desmatamento indicadas pelo monitoramento por satélite, estão sendo fiscalizados caminhões de carvão, comércio e empresas empacotadoras. E verificada a situação de empreendimentos embargados em operações anteriores.    Segundo o  diretor de Fiscalização dos Recursos Florestais e Biodiversidade da Semad, Bruno Zuffo, muitos dos pontos de desmatamento da região estão inseridos na Área de Proteção Ambiental Alto Mucuri o que agrava os crimes ambientais cometidos contra o bioma Mata Atlântica. A unidade de conservação foi criada em 2011 e está localizada entre os municípios de Caraí, Catuji, Itaipé, Ladainha, Novo Cruzeiro, Malacacheta, Poté e Teófilo Otoni, todos na rota da fiscalização.   Satélite   Os pontos para a “Operação Macaco Muriqui” foram indicados pela vigilância realizada pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) e organização não governamental SOS Mata Atlântica que, anualmente, divulga o Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica. Segundo ambos os estudos, a região é uma das que mais concentra desmatamentos irregulares em Minas Gerais.

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