Pelo menos 30 pessoas foram detidas, na manhã desta sexta-feira (23), por envolvimento com um esquema que aplicava golpes de empréstimos em três estados do Sudeste brasileiro.
Segundo informações da Polícia Civil, ao todo, serão cumpridos 32 mandados de prisão em Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Os investigados são suspeitos de estelionato e divulgavam o falso serviço em jornais cariocas.
A operação, denominada "Dinheiro Fácil", prendeu seis estelionatários só em Minas, além de outros no Rio e ES. Por aqui, as prisões aconteceram em Belo Horizonte, Contagem (Grande BH) e Coronel Fabriciano, no Vale do Aço. Os detidos foram encaminhados para o Departamento de Operações Especiais (Deoesp), onde prestam esclarecimentos. Um suspeito que atuava na capital mineira ainda não foi localizado.
De acordo com o delegado de cobate às drogas, Márcio Braga, que dá apoio à 12ª Delegacia de Polícia de Copacabana, responsável por coordenar as investigações, o esquema foi descoberto depois que uma vítima procurou a polícia para fazer a denúncia.
Márcio explica que o grupo tinha base no Rio, mas algumas pessoas cediam as contas bancárias para realizar a fraude. "A pessoa depositava certa quantia para a quadrilha, na tentativa de conseguir o empréstimo, mas o dinheiro nunca era liberado", diz.
O delegado também esclarece que os suspeitos trabalhavam de forma organizada, como uma empresa. "Eles eram divididos em células bem estruturadas. Cada um tinha um papel dentro do grupo", complementa.
Investigações
Foram cerca de quatro meses de investigações na região Sudeste até a polícia desvendar o esquema fraudulento. Aproximadamente 200 policiais, de diversas delegacias, ajudam na ação.
A estimativa é que grupo de estelionatários conseguia arrecadar até R$ 8 mil reais de algumas vítimas. Pelo menos 5 mil pessoas já teriam sofrido o golpe, mas o número deve aumentar, pois muitas vítimas podem ainda não ter denunciado. Em Minas, uma equipe está dando suporte para os polciais cariocas.
Durante o cumprimento dos mandados, a Polícia Civil também apreendeu diversos documentos, além de cheques e extratos bancários, que serão levados para o Rio e devem ajudar nas investigações. "Ainda vamos ter desdobramentos do caso, quando avaliarmos o material apreendido", comenta o delegado Márcio Braga.