Operação desmembra quadrilha milionária de 'pirâmide financeira'

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
25/03/2021 às 14:55.
Atualizado em 05/12/2021 às 04:30

(Divulgação/ MPMG)

Diversas denúncias de vítimas mineiras de uma organização criminosa nacional voltada para a prática de crimes de "pirâmide financeira" motivaram uma operação contra o grupo nesta quinta-feira (25). Ao todo, 29 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão estão sendo cumpridos. Estima-se que o número de vítimas seja superior a 1.500 pessoas, às quais teriam sido lesadas em aproximadamente R$ 60 milhões.

A ação Black Monday é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 8ª Promotoria de Justiça de Pouso Alegre, com o apoio da Polícia Militar. Além da prática de "pirâmide financeira", os envolvidos são suspeitos de crimes contra relações de consumo e de lavagem de dinheiro.Divulgação/ MPMG

Lamborghini avaliada em R$ 2,5 milhões foi apreendida

Os 29 mandados são cumpridos nos estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Bahia e Goiás. Conforme o MPMG, nenhum dos documentos está sendo cumprido em Minas, mas existem várias vítimas da organização criminosa no Estado. Uma delas, residente em Pouso Alegre, na Região Sul, fez a denúncia que motivou a investigação.

Durante a operação, dois carros de luxo, entre eles uma Lamborghini avaliada em R$ 2,5 milhões, foram apreendidos no início da manhã.

Investigação

De acordo com o MPMG, a apuração, iniciada em maio de 2020, recolheu indícios de que, através de sites da internet, centenas de pessoas, na expectativa de realizar investimentos financeiros, foram direcionadas para corretoras.

"Assim, as vítimas realizavam transferências bancárias para diversas pessoas jurídicas e os valores não eram revertidos no desejado investimento. Ao contrário, o dinheiro das vítimas, conforme apurado até o momento, era convertido em 'Bitcoins' e em bens de alto valor", informou o MP, em nota.

Dessa forma, a estimativa é que entre os anos de 2019 e 2020, o número de vítimas seja superior a mil e quinhentas pessoas, às quais teriam perdido a quantia de aproximadamente R$ 60 milhões.

Balanço da operação

O MPMG ainda informou que, após o encerramento das diligências, será divulgado o número de pessoas efetivamente presas, inclusive em razão de flagrante, e dos bens apreendidos para reparação dos danos causados às vítimas.

No total, participam da operação 26 Promotores de Justiça, 42 servidores dos Ministérios Públicos, 19 Delegados de Polícia, 91 Agentes da Polícia Civil, 30 Policiais Militares, um perito e nove Policiais Rodoviários Federais.

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