Uma operação conjunta da Polícia Federal e da Receita Federal, deflagrada nesta terça-feira (10), mira uma complexa organização criminosa envolvida no tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro. Batizada de "Mafiusi", a ação contou com a participação de autoridades brasileiras e italianas e teve como alvo uma rede que enviava grandes quantidades de cocaína da América do Sul para a Europa, utilizando o Brasil como ponto de partida.
As investigações revelaram que a organização criminosa possuía ramificações em diversos estados brasileiros, incluindo Minas Gerais. Ação ocorre de forma conjunta no Brasil e na Itália. Além o território mineiro, mandados são cumpridos em São Paulo, Santa Catarina e Bahia.
"A Operação é resultado de trabalho conjunto entre a Polícia Federal e a Receita Federal do Brasil, que redundou no cumprimento de 10 Mandados de Prisão e 35 Mandados de Busca e Apreensão. Como medidas assecuratórias, haverá o sequestro de bens móveis e imóveis, com restrição de indisponibilidade de veículos (dentre os quais uma aeronave Dassault Aviation Falcon 50), bem como o bloqueio de ativos financeiros, tudo em relação a 79 (setenta e nove) pessoas físicas e jurídicas", detalhou a Receita Federal em nota.
A organização criminosa utilizava uma sofisticada estrutura para realizar suas operações. A cocaína era transportada por via marítima e aérea, com destino principalmente à Europa. Os lucros obtidos com o tráfico eram lavados por meio de um complexo esquema financeiro, envolvendo a criação de empresas de fachada, a abertura de contas bancárias em diversos países e a aquisição de bens de luxo.
Impacto da operação
A Operação Mafiusi representa um duro golpe ao crime organizado. Com o cumprimento de mandados de prisão, busca e apreensão e o bloqueio de bens, a organização criminosa foi severamente enfraquecida. A estimativa é que os bens apreendidos e bloqueados alcancem o valor de R$ 126 milhões.
Os envolvidos na organização criminosa responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro, que podem levar à penas de prisão de até 30 anos.