MONTES CLAROS – O risco de um forte tremor de terra em Montes Claros fez o Observatório Sismológico (Obsis) da Universidade de Brasília (UnB) recomendar que escolas e hospitais, além de casas “frágeis”, tenham a estrutura reforçada.

O abalo pode ter magnitude superior aos 4 graus na Escala Richter registrados em 19 de maio do ano passado, quando parte de um imóvel ruiu. A previsão é do professor Lucas Vieira Barros, chefe do Obsis. Em Montes Claros desde sábado, a equipe dele analisa as causas dos tremores.

Na terça-feira (12), o grupo retirou o sismógrafo do Parque Estadual da Lapa Grande. No local, começa a funcionar hoje a Estação Sismográfica de Montes Claros, com equipamentos comprados pela Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec).


Repetição
 
Segundo Vieira, a análise estatística da situação brasileira mostra que, após um tremor de 4 graus, há probabilidade entre 15% e 22% de que ocorra outro fenômeno de grandes proporções nos 12 meses seguintes.

Em geral, isso acontece nas primeiras semanas após o evento, e a chance de repetição cai exponencialmente com o tempo. Como o tremor foi há 10 meses, a possibilidade estaria em 1% – indicador que, apesar de pequeno, não pode ser desprezado.


Sem ligação

Por enquanto, não há evidências de que a ação das pedreiras tenha relação com os abalos sísmicos em Montes Claros. Mesmo assim, a equipe do Obsis vai aprofundar os estudos sobre um “foco” de tremor próximo a uma das empresas do ramo na região.

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