
O padeiro responsável pela torta de frango que teria levado três pessoas à internação sob suspeita de envenenamento se apresentou à polícia na tarde de quarta-feira (23) e negou que tenha cometido qualquer crime. O caso segue sendo investigado.
Segundo o delegado Alex Sandro Cecílio Pimenta, da Central Estadual do Plantão Digital da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), o padeiro se apresentou na delegacia de forma espontânea, após a repercussão do caso. Ele negou que tenha envenenado a torta e levou um pedaço, que será submetido a análises da Polícia Civil.
A esposa do padeiro também prestou depoimento, como testemunha. Os dois foram liberados. O suspeito destaca ainda que não mexeu nos ingredientes da receita e disse que toda a família dele comeu o salgado e ninguém teria passado mal.
“Eu trouxe uma torta, tá anotado até no caderno lá. Minha família comeu, minha filha de 5 anos comeu, minha mulher comeu, minha sogra comeu, eu comi e ninguém passou mal. Não teve nada. Eu tô rezando, porque não quero que eles morram. Só que estou com a minha consciência tranquila, porque eu não coloquei veneno nenhum”, disse em entrevista à Itatiaia.
Entenda o caso
A Polícia Civil investiga um suposto caso de envenenamento no bairro Suzano, na região Nordeste de Belo Horizonte. Três pessoas foram internadas em estado grave e a suspeita é que elas tenham passado mal após consumirem uma torta de frango e empadas compradas em uma padaria.
As vítimas, uma idosa de 75 anos e um casal, de 23 e 24 anos, começaram a apresentar mal-estar na terça-feira (22), um dia após a ingestão dos alimentos.
De acordo com as informações preliminares, a polícia trabalha com a suspeita de envenenamento. As vítimas estiveram na padaria na última segunda-feira (21), quando adquiriram a torta de frango e as empadas. Pouco tempo depois, o casal retornou ao estabelecimento para devolver os produtos, alegando que estavam impróprios para consumo.
Funcionários da padaria confirmaram à polícia a devolução do dinheiro aos clientes e o recebimento dos alimentos. Eles relataram que a torta e as empadas apresentavam "aparência de estragados e um cheiro forte".
O proprietário da padaria prestou depoimento à polícia e informou que os produtos foram preparados por um padeiro contratado temporariamente, com quem ele não possuía contato direto por se tratar de um profissional "freelancer".
O dono do estabelecimento ainda afirmou à polícia desconhecer o paradeiro do homem, que teria trabalhado no local por apenas seis dias, sendo o último deles no domingo (20). Ele alegou que os pagamentos eram realizados em dinheiro, o que impossibilitou a obtenção dos dados do profissional.
O Hoje em Dia entrou em contato com a padaria investigada e aguarda retorno.
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