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Quando acordaram com o choro do filho recém-nascido, de apenas dois dias de vida, os jovens pais acharam que teriam apenas que trocar a fralda do bebê, porém, acabaram salvando sua vida, já que se depararam com um escorpião andando no peito da criança. O caso aconteceu no Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), em Uberaba, na madrugada de quinta-feira (18), e foi divulgado nesta sexta-feira (19) pela família, que teme que o mesmo possa acontecer com outros recém-nascidos, mas sem o final feliz.
O Hoje em Dia conversou com o pai do bebê, Higor Rafael Silva Ferreira, de 18 anos, que contou que o pequeno Téo nasceu na terça-feira (16) e desde então eles estavam na unidade hospitalar. "Ele é muito quietinho, não chora nem quando está com fome. Nesse dia acordamos com ele resmungando, por volta das 4h30. Minha noiva levantou e foi verificar se ele havia feito cocô e pediu que eu trocasse. Quando ela desabotoou a parte de cima do macacão, viu o escorpião andando no peito dele", detalha.
Na hora, de forma instintiva, a mãe do garotinho pegou o animal peçonhento com as mãos e ficou segurando. "Nisso eu gritei a enfermeira, que pegou um copo com álcool e colocou o escorpião. Ela chamou a pediatra, que veio e levou o Téo. Ela examinou o corpo inteiro e, graças a Deus, ele não foi picado", lembra Ferreira.
Depois disso, os pais ouviram de uma enfermeira que essa não é a primeira vez que esse tipo de acidente acontece. Recentemente, uma menina que havia acabado de nascer acabou picada e morta. "O que as enfermeiras me contaram é que colocaram no atestado de óbito que era outro motivo da morte. Só depois de muito tempo que a mãe pediu as cópias dos exames e um outro médico falou que constava a presença de veneno de algum animal peçonhento. Elas também disseram que constantemente acham escorpiões nos banheiros do hospital", denuncia o pai. ARQUIVO PESSOAL / DIVULGAÇÃO / N/A
Animal, apesar de pequeno, poderia ter matado o bebê
Funcionários do hospital colheram o relato dos pais e disseram que encaminhariam a denúncia para o Ministério da Saúde. Porém, como os funcionários da ouvidoria da unidade de saúde estavam em recesso, por causa da Semana Santa, os pais resolveram registrar um Boletim de Ocorrência na Polícia Militar (PM).
A reportagem entrou em contato com o HC-UFTM, entretanto, funcionários informaram que a assessoria de imprensa também está em recesso e, por isso, o hospital só poderia se pronunciar sobre o caso na próxima segunda-feira (22).
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