(Filippo Monteforte/AFP)
O papa Francisco autorizou que sejam abertos ao público os jardins da residência de verão em Castel Gandolfo, nos arredores de Roma. O papa deixou claro, porém, que não tem a intenção de passar suas férias ali. A rádio Vaticano informou que já neste mês será possível visitar a parte principal da vila, o jardim Barberini, projetado pelo artista renascentista que dá nome ao local. Além da beleza natural, o jardim tem importantes joias arqueológicas. "Com essa decisão, o papa deseja que o público possa acessar a magnífica arte e a glória da natureza que se uniram naquele lugar com um equilíbrio admirável", disse Antonio Paolucci, diretor dos Museus do Vaticano. Os passeios em Castel Gandolfo serão guiados, e os bilhetes custarão 26 euros (R$ 83). O complexo arquitetônico de Castel Gandolfo é composto por três vilas, localizadas em uma área de 55 hectares, e foi cedido à Santa Sé pelo Tratado de Latrão, de 1929. O local começou a ser frequentado no século 17 por Urbano 8, que foi papa de 1623 a 1644. O turista poderá visitar o caminho das ninfas, o anfiteatro romano, o jardim das magnólias e galerias subterrâneas construídas no reinado do imperador Domiciano. O complexo tem uma fazenda com vacas, que produzem cerca de 600 litros diários de leite, vendido no mercado do Vaticano. Bento 16 passava ali suas férias de verão e ficou no local nos primeiros meses após renunciar. Francisco já foi várias vezes a Castel Gandolfo, mas nunca dormiu lá.