Pará de Minas recorre a rodízio no abastecimento

Gabriela Sales - Hoje em Dia
Publicado em 15/02/2014 às 10:29.Atualizado em 20/11/2021 às 16:02.

A falta de chuva deixa moradores de Pará de Minas, na região central do Estado, em situação de alerta. Desde domingo passado, o fornecimento de água pela Copasa é feito por rodízio.

A medida foi tomada após o nível dos reservatórios baixar. “A estiagem desde o ano passado fez com que a situação se agravasse”, explica o chefe do Departamento Operacional Metropolitano da Copasa, João Andrade.

Normalmente, a produção de água trabalhada pela Copasa é de 240 litros por segundo. Atualmente, está em 188 l/s.

“O rio Paiva e o ribeirão Bom Sucesso estão com o nível muito baixo, o que reduz a possibilidade de extração de água. Com isso, tivemos que optar pelo racionamento”, explicou o técnico da Copasa local, José Gomes.

A cidade foi dividida em seis regiões, atendidas em dias alternados. Os intervalos são de 24 horas e a população é avisada sobre o corte na véspera. “Enquanto não chover, será mantido o racionamento”, diz Andrade.

Postos de saúde, escolas e unidades hospitalares são abastecidos, em reforço, por caminhões-pipa. Sete poços artesianos são usados para complementar o fornecimento na cidade e mais seis estão sendo abertos.

Além da forte estiagem na região, a Copasa atribuiu a morosidade na renovação do contrato de concessão por parte da Prefeitura de Pará de Minas como impedimento para a captação de recursos para a manutenção da rede.

“Essa concessão está vencida desde 2009. Se o município tivesse a situação definida, investimentos teriam sido feitos”, disse o chefe de operação da Copasa.

A assessoria da Prefeitura de Pará de Minas disse que a questão está em análise pela gestão municipal.

Precaução

Para assegurar a produção de alimentos em período de estiagem, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) irá construir barragens subterrâneas para garantia de fornecimento de água. Além disso, serão disponibilizados 3,1 mil kits de irrigação para as localidades que sofrem com a seca.

O investimento é de R$ 82,5 milhões, recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). As ações estão sendo executadas por meio de convênios com os governos estaduais.

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