(© Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Prazer momentâneo, riscos à longo prazo. O hábito de fumar está relacionado a pelo menos 50 doenças, entre elas vários tipos de cânceres. Quem fuma, inclusive, tem até 45% de chances de ter complicações da Covid-19.
O alerta é feito pela oncologista Daiana Ferraz, da Clínica Cetus Oncologia. De acordo com a especialista, o cigarro contém pelo menos 4 mil toxinas, algumas consideradas altamente prejudiciais à saúde.
O alcatrão, por exemplo, é cancerígeno. Pesquisas mostram que ele aumenta em 40 vezes a possibilidade de um fumante desenvolver cânceres de pulmão, de bexiga e de pele, entre outros.
Uma outra toxina encontrada é a nicotina. Além de ser viciante, ela atinge o cérebro entre sete e 19 segundos liberando uma falsa sensação de prazer, mas, com o consumo contínuo, cresce também o risco de se contrair doenças crônicas não transmissíveis que podem levar à invalidez e à morte.
Por isso, há 35 anos, o Dia Nacional de Combate ao Fumo, celebrado no próximo domingo (29), tem como objetivo reforçar as ações nacionais de conscientização sobre os danos sociais, de saúde, econômicos e ambientais causados pelo tabaco.
Uma boa notícia é que existe tratamento para quem quer parar de fumar oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
A oncologista Daiana Ferraz diz que ele o tratamento é feito por etapas e necessita de uma equipe multidisciplinar para ajudar o fumante a acabar com as dependências psicológica e física. “Os benefícios de parar de fumar são enormes à saúde. Só para se ter uma ideia, a chance de uma pessoa desenvolver câncer de pulmão cai para 50% após 10 anos sem colocar um cigarro na boca”, conclui a especialista.
Acompanhe a entrevista na íntegra.