Passageiros de BH continuam "a pé" com greve dos rodoviários

Hoje em Dia
25/02/2014 às 08:29.
Atualizado em 20/11/2021 às 16:15

(Marcelo Prates/Hoje em Dia)

O segundo dia de greve dos trabalhadores do transporte coletivo continua causando transtorno para os passageiros de Belo Horizonte e Região Metropolitana. Na manhã desta terça-feira (25), as estações BHBus Barreiro, Diamante e Vilarinho estão 100% paradas. Nos locais, nenhum ônibus circula. Segundo a BHtrans, as estações São Gabriel e José Cândido estão funcionando normalmente. Já a estação Venda Nova, que começou o dia com as portas fechadas, por volta das 11h30 passou a operar com 35% dos veículos rodando. Ainda conforme o órgão, 47% das viagens convencionais da capítal estão operando.    A paralisação dos rodoviários prejudicou mais de 430 mil pessoas na segunda-feira (24) e causou prejuízo estimado em R$ 38 milhões ao comércio da capital nos dois dias do movimento. O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Bruno Falci, disse que muitos lojistas se prepararam para a paralisação, buscando seus funcionários em casa. “Mas sem clientes, que não conseguem chegar aos centros comerciais, o setor está acumulando prejuízos”, pontuou.   Para não atrapalhar ainda mais a vida do trabalhador que necessita do transporte coletivo, o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, expediu liminar obrigando a circulação de 70% da frota nos horários de pico e de 50% nos demais. Conforme Carlos Henrique Marques, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Belo Horizonte (STTR-BH), a determinação está sendo obedecida.   Às 16h30 desta terça ocorre a segunda rodada de negociações entre os representantes dos trabalhadores e do sindicato patronal. Do encontro, que irá acontecer na sede do Tribunal Regional do Trabalho, em Belo Horizonte, sairá uma definição quanto a manutenção ou não da greve dos rodoviários. A primeira reunião entre patrões e empregados no Ministério Público do Trabalho (MPT) terminou sem acordo.  

Passageiros tiveram que se espremer nos poucos ônibus que circulam (Foto: Marcelo Prates/Hoje em Dia)   Reivindicações   O sindicalista Ronaldo Batista informou que os trabalhadores estão pedindo reajuste de 21,5%, redução da jornada de trabalho para seis horas (atualmente é de oito horas) e que o piso salarial para trabalhadores que vão atuar no sistema Move, da BHTrans, seja 30% maior do que o valor pago ao condutor do transporte convencional. O piso hoje é de R$ 1.585. Querem também o fim de dupla função para motoristas que são obrigados a fazer cobranças de passagens em veículos sem cobradores.   A assessoria de imprensa do Sindicato dos Proprietários das Empresas de Ônibus informou que, por enquanto, a diretoria da entidade não tem nenhuma posição com relação ao anunciado movimento dos motoristas, trocadores e fiscais. A mesma posição foi adotada pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), onde a assessoria de comunicação informou que não existia nenhuma posição sobre o assunto.   Atualiza às 12hh50

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