Patrimônio: livro eterniza cem anos do Colégio Arnaldo

Izabela Ventura - Hoje em Dia
27/05/2014 às 07:41.
Atualizado em 18/11/2021 às 02:45

(Luiz Costa)

Assim como as grandes figuras da história, o Colégio Arnaldo, um dos mais tradicionais de Minas, teve a trajetória imortalizada em livro. A obra, em comemoração ao centenário da instituição, foi lançada nesta segunda-feira (26) e retrata uma memória que transcende os muros do imóvel, tombado como patrimônio de Belo Horizonte.

Atualmente, o principal desafio do colégio, afirma o diretor, Geraldo Junio dos Santos, é conciliar os bons resultados acadêmicos com uma educação humanizada.

Mas, no passado, era preciso também vencer os preconceitos de uma sociedade ferida pela guerra. Em 1917, durante a 1ª Guerra Mundial, o colégio chegou a ser apedrejado e invadido por brasileiros que suspeitavam da participação de padres alemães no conflito.

E essa é apenas uma das histórias pitorescas que são contadas até hoje no Arnaldo. “Houve um boato sobre supostos canhões instalados nas torres do colégio, que serviriam de base para atacar BH. Mas tratavam-se de lunetas de um dos padres, apaixonado por astronomia”, conta o diretor.

Subterrâneo

Outra história de época dizia que um túnel ligava a escola, então um internato masculino, à ala feminina do Colégio Sagrado Coração de Jesus, na rua Professor Morais.

“Até hoje, todo mundo quer saber desse túnel, mas tal ligação nunca foi encontrada”, diz o organizador do livro, ex-aluno e coordenador administrativo do colégio e da faculdade Arnaldo, João Guilherme Porto.

Patrimônio

A sede do Colégio Arnaldo, na esquina das avenidas Brasil e Carandaí, no bairro Funcionários, zona Sul de BH, foi tombada como patrimônio histórico em 1984. Reformas e intervenções não podem alterar o estilo arquitetônico original e devem ter o aval do conselho municipal de patrimônio.

Por isso, é preciso usar a criatividade para conciliar inovação e tradição. A direção da escola precisou colocar um roteador wireless em cada sala para garantir sinal de internet, já que as paredes têm 40 centímetros de espessura.

Uma restauração da pintura da fachada foi entregue ontem à população, trazendo de volta a primeira pintura.

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