Ciclo das larvas do mosquito tem duração média de sete dias, o que reforça a necessidade de limpeza semanal dos recipientes que possam acumular água (Agência Brasil)
Belo Horizonte promete apertar o cerco contra proprietários de imóveis ou lotes abandonados capazes de favorecer a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya. A primeira Ação Civil Pública foi ajuizada nesta terça-feira (23) e pede R$ 100 mil por danos morais coletivos.
Segundo a prefeitura, o terreno fica no bairro Glória, na Pampulha. A construção foi demolida e os entulhos serviam de foco do vetor das doenças. Ainda conforme a administração pública, o lote era objeto de "intensa vigilância" pelas equipes da Fiscalização.
Em razão das irregularidades, quatro autos de notificação e dois de infração já haviam sido feitos. Com o descumprimento das determinações para dar fim aos focos, a PBH acionou a Justiça.
Novas medidas serão adotadas pela Procuradoria Geral do Município a partir de vistorias e quando for constatado o mesmo descaso com a conservação da propriedade.
A prefeitura informou que os R$ 100 mil requeridos serão usados em medidas de combate à dengue em Belo Horizonte. Entre as medidas adotadas neste ano estão os trabalhos com as ovitrampas. São 1.800 "armadilhas" que monitoram a densidade de ovos do Aedes na cidade, permitindo identificar os locais com maiores infestações.
Neste ano, mais de 4 milhões de visitas a imóveis foram feitas na capital. Os agentes de combate a endemias verificam os focos do mosquito, aplicam biolarvicidas nos recipientes e repassam aos moradores orientações para eliminar objetos que possam acumular água.
BH também faz a produção e soltura dos mosquitos que carregam a bactéria Wolbachia, reduzindo, assim, a capacidade de transmissão dos vírus.
Somente em 2023 mais de 4,9 mil casos de dengue foram confirmados na metrópole, com três óbitos. Outros 14 mil suspeitos aguardam o resultado de exames. Foram identificados ainda 2.391 registros de chikungunya.
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