PBH detalha como será o bairro que vai ser construído na área do antigo aeroporto Carlos Prates
No espaço de 580 mil metros quadrados serão construídas 4,5 mil unidades habitacionais, além de posto de saúde, escola, área de lazer e comércio
A Prefeitura de Belo Horizonte apresentou, nesta segunda-feira (2), a proposta aprovada, na integralidade, pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) de uso da área do antigo aeroporto Carlos Prates. O projeto, como já havia sido anunciado, é de criação de um bairro, com 4,5 mil unidades habitacionais, posto de saúde, escola, área de lazer e comércio. O nome do novo bairro deve ser escolhido por consulta pública - não foi informado quando ocorrerá.
Ainda não há data prevista para o início das obras, que também incluem intervenções no trânsito - dentro e fora do terreno - permitindo interligação com a avenida Pedro II e o bairro Padre Eustáquio. Há, ainda, previsão de melhorias na interseção do Anel Rodoviário com a avenida Pedro II e na região de acesso à Praça São Vicente.
O projeto foi apresentado ao MGI em agosto. A última etapa da proposta aprovada pelo Governo Federal foi a construção das moradorias - 70% devem ser de interesse social e os outros 30% de livre comercialização. Não foi divulgado, também, o valor previsto para a construção do novo bairro.
"Ainda não conseguimos dizer a previsão de investimento, vamos fazer isso na modelagem econômica, mas podemos dizer que a gente já conseguiu rodar alguns estudos econômicos e esse bairro ele se financia, ou seja, as unidades habitacionais elas financiam os equipamentos necessários", justificou Pedro Maciel, secretário adjunto de Política Urbana da capital.
Proposta aprovada, a próxima fase será a de "estudo da modelagem econômica, para saber como viabilizar", que deverá durar seis meses.
"A gente quer fazer desse bairro um case de sustentabilidade, de alinhamento com a nova agenda urbana, de diversidade de usos. Vai ser uma grande referência na região no que diz respeito a serviços públicos e privados. Estamos pensando muito nas questões de mudanças climáticas em um bairro que seja eficiente nessas questões, também estamos pensando em utilizar energia fotovoltaica para os equipamentos públicos. Estamos falando de um bairro diferenciado, e porque não dizer o bairro mais moderno de BH", comentou Pedro Maciel.
Em relação ao início das obras, o secretário adjunto de Política Urbana da capital explicou que a data só será definida quando for finalizado e aprovado o estudo de impacto ambiental.
"A ideia é trabalhar a antiga pista do aeroporto como uma via central, mas mais como uma via de trânsito lento para pedestres, para mobilidade ativa. E que esse bairro não seja um bairro de atravessamento", salientou.