Previsto para terminar no fim do ano passado, o inventário das árvores de Belo Horizonte será concluído apenas em 2015. Além do atraso de três anos, o levantamento também ficará mais caro. O custo passou de R$ 3,4 milhões para R$ 5,4 milhões. A justificativa para a demora e o encarecimento é um erro na previsão da quantidade de árvores na capital – são 150 mil plantas a mais –, além de problemas com a segurança dos técnicos durante a coleta de dados.
Segundo o gerente de projetos especiais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), Júlio de Marco, o aditivo de R$ 2 milhões deve ser assinado no início de 2014. “Esperávamos 300 mil árvores, mas verificamos um número maior, já que estamos contando plantas em lotes particulares também”, afirma. A catalogação de cada exemplar “extra” custará R$ 13.
Segurança
Outro motivo da demora, segundo Júlio, é a segurança dos técnicos. No início do diagnóstico, houve dez assaltos a profissionais. Os ladrões queriam os tablets. Agora, as equipes são acompanhadas por guardas municipais. “Precisamos conciliar o trabalho dos técnicos com a disponibilidade dos guardas, que são poucos. Por isso, estamos com menos servidores também”, diz Júlio.
Outros entraves são o período chuvoso, quando o levantamento precisa ser interrompido para a preservação dos aparelhos eletrônicos, e problemas com a configuração do sistema.
Andamento
Desde outubro de 2011, cerca de 160 mil árvores nas zonas Leste, Noroeste e Oeste de BH foram cadastradas. Atualmente, estão sendo registradas as plantas da região Centro-Sul, onde se espera a maior concentração de flora na capital. Essa etapa deve acabar em dezembro.