A Prefeitura de Belo Horizonte deu o pontapé para o início da construção de cinco estacionamentos subterrâneos na cidade ao lançar no mercado, ontem, a consulta pública para a licitação. Serão 2.354 vagas a serem ofertadas em cinco locais centrais, todos eles com grande fluxo de veículos e histórico de lentidão no trânsito.
O valor do contrato será de R$ 1,08 bilhão. A cifra refere-se ao total de receitas que o investidor privado pode captar com a cobrança de tarifas e serviços complementares ao longo de 30 anos, prazo de concessão da outorga.
Os estacionamentos subterrâneos serão construídos nos subsolos da Região Hospitalar, Savassi, Assembleia Legislativa, Fórum e Praça 7 (veja infografia). A iniciativa privada determinará o preço a ser cobrado em cada estacionamento. No entanto, a prefeitura delimitou um teto para a cobrança.
O valor máximo será de R$ 18 por duas horas consecutivas. As frações de 15 minutos não poderão ser cobradas em valores superiores ao teto, proporcionalmente. O preço poderá ser reajustado anualmente em 5%, mais a correção inflacionária. O valor do teto já é o praticado no mercado.
De acordo com o projeto da administração do prefeito Marcio Lacerda, os proprietários de estacionamentos particulares localizados nas localidades não serão atingidos, pois a taxa de ocupação dos estacionamentos está na faixa de 75%.
Depois de construídos os estacionamentos, a prefeitura poderá, segundo planilha contida no edital, acabar com algumas vagas de estacionamento rotativo nas ruas próximas aos locais. Na região, serão apresentadas propostas de revitalização e alargamento de pistas para abrigar outros projetos, como o BRT.
Prazos
As obras para o estacionamento subterrâneo podem não começar neste ano. Isto porque a prefeitura concederá, segundo edital, um prazo de até 300 dias para o início das obras. Antes, as empresas ainda terão que elaborar os projetos para os empreendimentos.
Quando as obras começarem, as empresas terão 540 dias para entregá-las.
Os estacionamentos subterrâneos podem trazer transtornos por localizarem-se em áreas de grande movimento. Mas, pelos prazos previstos, dificilmente não deve começar antes da Copa do Mundo de 2014.
No entanto, as obras dos estacionamentos coincidirão com outros projetos de mobilidade, como a expansão do metrô.
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