Presente na paisagem do Centro de Belo Horizonte há 53 anos, o Conjunto Sulacap-Sulamérica sofrerá mudanças estruturais. Nesta segunda-feira (7), o edital que irá escolher a empresa responsável pela demolição do edifício Novo Sulamérica, anexo aos prédios, foi publicado no Diário Oficial do Município (DOM). No local será construída uma praça.
De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), o recebimento das propostas acontece exclusivamente pela internet até 16 de agosto. O valor para a contratação é de R$ 114.020,31.
Após assinado o contrato, a empresa escolhida terá 90 dias para executar a obra. O projeto faz parte do programa de requalificação do Centro da capital, denominado “Centro de Todo Mundo”
Sulacap-Sulamérica
O conjunto Sulacap-Sulamérica é tombado pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio do Município de Belo Horizonte e será preservado em seu traçado original, de acordo com a PBH.
Considerados de interesse cultural, os dois prédios estão inseridos no perímetro de tombamento do conjunto urbano da avenida Afonso Pena e no conjunto urbano da rua da Bahia e adjacências. O projeto arquitetônico dos edifícios foi assinado pelo arquiteto italiano Roberto Capello, em 1941, e carrega o estilo protomoderno. Eles são idênticos e estão simétricamente dispostos.
O edifício Sulamérica foi o primeiro a ser inaugurado oficialmente, em 1947. O edifício foi projetado para uso misto: residencial e comercial, mas, com o passar do tempo, a maioria dos pavimentos residenciais foram revertidos para o uso comercial. Ainda assim, o Sulamérica abriga apartamentos em sua planta. Já o edifício Sulacap foi construído posteriormente e com o uso exclusivamente residencial.
Na década de 1970, no entanto, esse espaço sofreu uma drástica descaracterização, com a construção de um anexo de dois andares, ligando os edifícios Sulacap e Sulamérica. A intervenção prejudicou o projeto original do arquiteto Roberto Capello e, em vez de unir os dois blocos principais, acabou por separá-los ainda mais.
Leia mais: