PBH publica licitação para demolição de anexo do edificio Sulamérica; praça será reconstruída
Obra tem o valor limite de R$ 3.233.518,00 para as propostas dos licitantes e os recursos investidos serão do município
Edifício Sulamerica, que tem entrada pela avenida Afonso Pena e no cruzamento das ruas da Bahia e Tamoios (Adão de Souza / PBH)
A Prefeitura de Belo Horizonte publicou, nesta quinta-feira (22), a licitação para demolição do edifício Novo Sulamerica e reconstituição da Praça da Independência, na avenida Afonso Pena entre as ruas da Bahia e dos Tamoios, no hipercentro.
O imóvel é anexo ao conjunto Sulacap-Sulamérica e ligava os prédios. Mas a construção teria comprometido a arquitetura e o urbanismo histórico do local.
A obra licitada pela prefeitura tem o valor limite de R$ 3.233.518,00 para as propostas dos licitantes e os recursos investidos serão do município. Os interessados devem enviar as propostas exclusivamente pela internet até 13h59 do dia 11 de março.
O prazo de execução da obra é de 150 dias corridos contados da emissão da ordem de serviço. A supervisão do contrato será da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).
O edital da licitação e anexos estão disponíveis no Portal da PBH (clique aqui) e no Portal Nacional de Contratações Públicas (clique aqui para acessar).
Sobre o edifício
O Conjunto Sulacap-Sulamérica foi projetado por um arquiteto italiano. Os blocos cubistas eram ladeados por dois edifícios menores, havendo um vazio entre eles possibilitando uma perspectiva interessante do viaduto Santa Tereza. O objetivo do projeto era o de formar dois prédios iguais, simetricamente opostos, com as torres estrategicamente posicionadas para se harmonizarem com o entorno.
Em 12 de setembro de 2000, o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte, reunido em sessão ordinária aprovou, com base no estudo do conjunto urbano: Rua da Bahia e adjacências, (conjunto já tombado pelo referido conselho em deliberação 16/98) novas diretrizes de proteção do Conjunto como de interesse cultural, determinando assim a demolição do anexo e a restauração dos jardins anteriormente existentes como espaço público.
A decisão foi fundamentada na "suma importância para Belo Horizonte da preservação desse conjunto arquitetônico já que a sua história está intrinsecamente relacionada à memória do município, bem como da população".
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