Crimes sexuais

PC indicia mastologista por estupro, assédio e importunação de 15 pacientes e colegas de hospital

Médico de 46 anos foi preso em 4 de fevereiro

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
Publicado em 17/02/2025 às 15:25.Atualizado em 17/02/2025 às 15:40.
Delegado João Martins Teixeira é o responsável pelas investigações (PCMG / Divulgação)
Delegado João Martins Teixeira é o responsável pelas investigações (PCMG / Divulgação)

O médico de 46 anos preso em Itabira, na região Central de Minas, suspeito de abusar de pacientes - uma delas com câncer de mama - vai responder por estupro, assédio sexual, violação sexual mediante fraude e importunação sexual. O mastologista foi indiciado nesta segunda-feira (17) pela Polícia Civil.

Pelo menos 15 vítimas de Itabira e Barão de Cocais denunciaram o homem, que foi preso no último dia 4. Dentre elas, nove pacientes e seis funcionárias do hospital onde o profissional atuava. As apurações se iniciaram após uma mulher denunciar ter sido estuprada durante uma consulta em uma unidade de saúde de Itabira. À polícia, a vítima contou ter sido agarrada e violentada assim que entrou no consultório. 

Durante as investigações também foram ouvidas colegas de trabalho do suspeito e funcionários do hospital onde prestava serviços. “Conseguimos perceber um padrão das vítimas. Elas eram muito vulneráveis, seja por uma doença ou por alguma questão de conflito familiar”, destacou o delegado que conduziu as investigações, João Martins Teixeira.

Em um dos casos, denunciado em 24 de janeiro deste ano, o laudo pericial constatou a presença de material genético do médico no corpo da vítima. De acordo com o delegado, o exame deu negativo para a presença de espermatozóide.

“Isso indica que o material colhido pertence a um homem vasectomizado. Durante as investigações, conseguimos verificar que esse suspeito havia feito essa cirurgia [vasectomia] tempos antes. Isso é mais um indício que robustece as investigações”, explicou.

Durante o depoimento à polícia, o homem permaneceu em silêncio. A PC não descarta a possibilidade de mais vítimas.

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