PC investiga morte de mulher em UPA; família alega negligência e PBH garante que houve assistência
Família da vítima denuncia negligência médica durante o atendimento; Prefeitura garante que jovem recebeu toda assistência necessária
A Polícia Civil investiga a morte de uma jovem de 26 anos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Centro-Sul, em Belo Horizonte. A família denuncia negligência médica durante o atendimento. Já a prefeitura da capital garante que a mulher recebeu toda assistência necessária enquanto esteve no local.
A mulher morreu na última terça-feira (23). Segundo o Boletim de Ocorrência (BO) da Polícia Militar, ela chegou à UPA por volta de 13h, levada pela porteira do prédio do namorado. Lá, relatou que sentia fortes dores no peito e nas pernas. Após a triagem, o atendimento foi classificado como "verde" (pouco urgente).
Horas depois, o companheiro dela chegou até a UPA. Conforme o BO da PM, o homem relatou que a jovem dizia a todo momento que seguia sentindo dores e começou a gritar por "socorro", se "agonizando no chão". Momentos depois, uma médica a examinou e disse que ela estava tendo uma crise de ansiedade. Ela foi medicada, mas continuou reclamando das dores.
Ainda segundo depoimento à PM, o namorado teria procurado ajuda no local, mas as enfermeiras alegaram não saber onde estava a médica responsável. O jovem disse que pouco tempo depois ela teve um mal súbito e morreu.
Já o médico responsável pelo plantão, disse que após ser medicada ela foi levada para uma sala de observação e foram solicitados exames. Depois, ela "ficou irresponsiva em um dado momento". Um profissional da emergência foi chamado e constatou que a mulher estava sem sinais vitais. Foi iniciada a manobra de ressuscitação, que conforme o BO, durou uma hora e seis minutos, antes do óbito ser constatado.
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) lamentou a morte e informou que a paciente recebeu toda assistência necessária. "A usuária chegou ao local às 13h30 com queixa de dor no peito e nas pernas. Ela passou pela classificação de risco às 13h32 e, por volta das 14h50, foi medicada".
Conforme a nota, após estar medicada, e enquanto aguardava a reavaliação da equipe, a jovem teve uma parada cardiorrespiratória e foi imediatamente levada para a sala de emergência. "Apesar de todos os esforços e manobras de ressuscitação, realizadas pelos profissionais da UPA por mais de uma hora, ela não resistiu às tentativas de reanimação. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal (IML)".
A Polícia Civil informou que aguarda a conclusão de outros laudos periciais e apura as causas e as circunstâncias da morte da mulher.
*Estagiário sob supervisão de Renato Fonseca
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