Após 'engano'

PEC que sobre referendo para privatizar Cemig e Copasa é retirada da pauta

Não há previsão para que o projeto seja analisado pelos deputados mineiros

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
Publicado em 20/02/2024 às 17:52.Atualizado em 20/02/2024 às 20:09.
 (ALMG / Reprodução)
(ALMG / Reprodução)

Um equívoco chamou a atenção durante reunião da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta terça-feira (20). A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/2023, que retira a obrigatoriedade de referendo popular para privatização das estatais Cemig e Copasa, foi pautada mesmo sem o texto estar pronto.

Ao iniciar a sessão, o presidente da comissão, o deputado estadual Arnaldo Silva (União), disse que uma “confusão” no trâmite da Casa trouxe o texto para análise. Segundo ele, os projetos são disponibilizados pelos assessores dos membros da comissão. Ele assumiu a culpa e pediu desculpas.

“Um assunto dessa relevância não seria pautado sem um consenso dos líderes da casa [...] jamais cometeríamos isso. Peço desculpas ao relator por termos criado essa situação constrangedora”, disse Arnaldo.

PEC 24

A proposta de emenda foi protocolada pelo Governo Zema na Assembleia Legislativa em agosto de 2023, na tentativa de agilizar a privatização da Copasa e da Cemig, desobrigando o Estado a realizar um referendo sobre o assunto. O texto também facilitaria o aval do Legislativo, reduzindo o número de votos necessários para aprovar a medida. Hoje, são necessários que três quintos dos deputados votem a favor das alterações.

Não há previsão de quando a proposta será analisada em plenário.

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