(Eugênio Moraes)
A Gerência de Simulação de Transportes, Trânsito e Programação Semafórica (Gesit), criada pela BHTrans para aperfeiçoar o sistema eletrônico de sinalização, começou a avaliar os tempos dos sinais na capital. Alguns ficam abertos por pouco tempo, insuficiente para que os pedestres atravessem a rua com segurança. O tempo em que os semáforos ficam abertos varia de dez segundos a um minuto. A BHTrans informa que o período é calculado de acordo com o volume de tráfego da via. Também é levada em conta a velocidade média de um pedestre durante a travessia: 1,3 metro por segundo. Em BH, a empresa que administra o trânsito usa índice ainda menor: 1,2 metro por segundo. O mapeamento será iniciado nas travessias da praça Hugo Werneck, no bairro Santa Efigênia, região Leste. Um software de simulação de tráfego vai auxiliar na elaboração dos planos semafóricos. Os dados coletados vão indicar a necessidade de alteração no tempo dos sinais, mas não há data definida para a conclusão do trabalho. Aventura Os segundos em que os semáforos ficam abertos para pedestres na avenida Brasil, na área hospitalar, são poucos para os passinhos curtos de Isadora Viana dos Reis, de 4 anos, filha da Shirley Cristiana Viana, de 26. Para a criança, ir ao médico é quase uma aventura. “O sinal demora a abrir, e quando abre, temos que apertar o passo. Penso nos idosos, que têm mais dificuldade para caminhar”, diz Shirley. A aposentada Odete Rodrigues, de 70, também tem dificuldade para fazer a travessia. “Como ando de bengala, fica mais complicado”.