Pedestres e motos disputam espaço com demais veículos no Anel Rodoviário

Renato Fonseca - Do Hoje em Dia
16/07/2012 às 11:57.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:35

(Andre Brant/Arquivo Hoje em Dia)

Alheios ao fluxo intenso de veículos na rodovia, pedestres ignoram as passarelas e se arriscam na travessia, disputando espaço com os automóveis. Motociclistas também contribuem para a desordem ao pilotar de forma imprudente, como se não houvesse barreiras. Os atos diários de incivilidade no trânsito contribuem para as alarmantes estatísticas de acidentes no Anel Rodoviário de Belo Horizonte.

A má fama sempre recai sobre os motoristas de carretas e caminhões. Na semana passada, mais um desastre foi registrado quando um veículo de carga desgovernado atingiu nove carros e causou uma morte. No entanto, pessoas a pé e motoqueiros são os mais imprudentes no traçado de 26,5 quilômetros.

No primeiro semestre deste ano, seis pessoas morreram atropeladas e outras seis vidas foram perdidas em colisões envolvendo motocicletas. As 12 mortes representam 80% do total de óbitos no Anel Rodoviário, no período.

Na disputa diária por espaço, travada por pedestres e motocicletas, 327 pessoas ficaram feridas em atropelamentos ou batidas envolvendo veículos de duas rodas. A soma corresponde a 62,7% de todos os acidentados na rodovia, entre janeiro e junho. “O acidente envolvendo uma carreta é mais visível. Ele provoca mais retenções e, quando há vítimas, se torna ainda mais grave. Porém, os atropelamentos e acidentes com motos são muito mais frequentes”, afirma o comandante do Batalhão de Polícia Militar Rodoviária (PMRv), tenente-coronel Sebastião Olímpio Emídio Filho. Segundo ele, desastres desse tipo são as principais preocupações da PM no Anel.


Fragilidade

O presidente da Associação Mineira de Medicina de Tráfego (Ammetra), Fábio Nascimento, confirma que pedestres e motocicletas são, na maioria dos casos, os mais frágeis nos acidentes de trânsito. Segundo ele, o risco de traumas e mortes é elevado.
 
“Eles se arriscam e acabam pagando pela imprudência. As vítimas podem ter escoriações simples, mas correm o risco de não resistir aos ferimentos. Quando sobrevive, precisam passar por uma difícil recuperação”, afirma o médico.

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