GOVERNADOR VALADARES – O comando do Corpo de Bombeiros Voluntários de Caratinga começou nesta quinta-feira (5) nova tentativa de sensibilizar os prefeitos de 12 cidades do entorno, em busca de ajuda. Sem apoio financeiro, o grupo anunciou, no início da semana, que apenas os moradores de Caratinga, onde há convênio para repasses de recursos, seriam atendidos. Cópias do documentos justificando a paralisação das atividades serão entregues às prefeituras, câmaras de vereadores e à Polícia Militar. A decisão é válida para os casos de urgência e emergência e atinge cerca de 100 mil habitantes.   Pelos cálculos da direção dos Bombeiros Voluntário, a medida deve reduzir 60% dos 300 atendimentos mensais. “Em maio, estivemos com representantes das prefeituras e pedimos ajuda, que variava de R$ 1,6 mil a R$ 2 mil. A maioria dos gestores prometeu os repasses, mas não cumpriram. Sem esse dinheiro, não temos condições de manter o atendimento, pois o efetivo e equipamentos são insuficientes”, disse o presidente do grupo, Raimundo Dias.   A unidade tem 13 funcionários, que recebem de R$ 600 a R$ 800, e quatro veículos à disposição: um caminhão doado pela Copasa, adaptado para o combate a incêndios, dois carros para resgate e um para transportar equipamentos. “Precisaríamos pelo menos de uma unidade móvel de tratamento intensivo e duas motos. Com o que temos, é impossível prestar assistência a uma área tão grande”, afirma Dias.   No início do ano, a unidade fechou as portas por quatro dias.  Apesar de ser considerada cidade-polo no Vale do Rio Doce, com 85,2 mil habitantes, Caratinga não conta com uma unidade do Corpo de Bombeiros Militares. Acidentes de trânsito, afogamentos, incêndios e atendimentos a pessoas doentes são a maioria das ocorrências registrada pelos voluntários da cidade.

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