Apesar de abrigar alguns dos presos mais perigosos de Minas Gerais, a Penitenciária de Segurança Máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, nunca teve bloqueador de celular. O sistema já foi testado e aprovado em janeiro de 2010, mas o edital de licitação para contratação do serviço só foi aberto neste mês de setembro. De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o sistema irá operar 24 horas por dia e seus efeitos deverão ficar restritos aos limites do complexo penitenciário, sem afetar as áreas vizinhas. A previsão é que, após a assinatura do contrato, a empresa vencedora, que ficará conhecida no dia 26 de setembro, terá 45 dias para instalar e configurar os equipamentos. Segundo o subsecretário de Administração Prisional, Murilo Andrade de Oliveira, o bloqueador de celular irá englobar outras iniciativas de segurança, como o body scan e o aparelho de varredura corporal já instalado no CPNH. “Mais uma vez, o Estado está investindo em recursos tecnológicos para aumentar a segurança no sistema prisional”, afirmou. Entre os presos na penitenciária, estão o goleiro Bruno Fernandes e seu braço-direito Luiz Henrique Ferreira Romão, o "Macarrão", além do líder do "Bando da Degola", Frederico Flores. O complexo ainda possui um pavilhão reservado para presos ligados à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo.