Tipo de arritmia cardíaca mais comum no mundo, atingindo cerca de 1,5 milhão de pessoas no Brasil, a fibrilação atrial (FA) ainda é amplamente desconhecida, mostrou a pesquisa “A percepção dos brasileiros sobre doenças cardiovasculares”, desenvolvida pelo Ibope Conecta, em parceria com a farmacêutica Boehringer Ingelheim.
Dos 2.001 entrevistados, 63% afirmaram nunca terem ouvido falar na doença. A fibrilação atrial é um fator de risco para o acidente vascular cerebral (AVC), segunda causa mais comum de morte no mundo e uma das principais também no país.
A FA, desorganizando os batimentos cardíacos, acaba por tornar turbulento o fluxo de sangue dentro dos átrios, favorecendo o aparecimento de coágulos, que podem se deslocar do coração, entrar na circulação e levar a obstrução de vasos cerebrais, ocasionando o AVC em suas formas mais graves.
“Estudos mostram que os pacientes com FA apresentam cinco vezes mais chances de desenvolver um AVC, principalmente aqueles que também são portadores de outras doenças, como hipertensão, diabetes etc", observa José Francisco Kerr Saraiva, cardiologista e professor da PUC Campinas.
Esses pacientes, ao longo de um ano, podem chegar a 10% de chance de desenvolver o acidente vascular cerebral, ressaltando que os AVCs provocados pela FA são considerados os mais graves com as maiores taxas de mortalidade, podendo também proporcionar sequelas incapacitantes.
Assim, o diagnóstico precoce e o tratamento anticoagulante adequado da arritmia são fundamentais para o bem-estar do paciente.