Regiões com maior número de casos confirmados são Centro-Sul (12.085) e Oeste (11.615) (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
Uma pesquisa desenvolvida pela UFMG apresentou novos avanços na identificação e tratamento de casos graves de dengue. Os pesquisadores descobriram que pessoas e animais infectados com o vírus têm redução de uma proteína que "freia" a inflamação causada pela doença no organismo. O material premiado da universidade também foi publicado na revista internacional eLife.
Essa proteína que pode reduzir a inflamação causada pela dengue é a Anexina A1, já conhecida na inflamação causada por doenças como a artrite, mas não em contextos infecciosos como a dengue. Em um primeiro momento, pacientes portadores do vírus transmitido pelo Aedes aegypti tinham o índice da proteína mais baixos, sugerindo que ela pode atuar como um biomarcador, que mostra a gravidade da doença.
A partir disso, animais e células foram usados pelos profissionais. Os pesquisadores injetaram o vírus da dengue em camundongos que não produzem a proteína, e constataram que os animais desenvolveram formas graves da doença. Segundo eles, isso mostrou que a proteína oferece proteção durante a reprodução da enfermidade em laboratório.
Quando os pesquisadores decidiram então usar a Anexina A1 como tratamento, constataram formas menos graves da doença, como se a porção ativa atuasse como uma terapia associada a outras formas de tratamento. Assim, os próximos passos da pesquisa envolvem testes para outras arboviroses, como a chicungunya, além de buscar empresas interessadas na produção da molécula usada.
Boletim Epidemiológico
De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), cinco mortes foram confirmadas em decorrência da dengue neste ano em Minas, além de outros 13 óbitos que são investigados. Esse número representa mais da metade do registro em todo 2021.
Na última atualização do boletim, no final de março, eram quase 17 mil casos prováveis da dengue, com pouco mais de 7 mil confirmações. Em relação à febre Chikungunya, foram registrados 1.314 casos prováveis da doença, dos quais 247 foram confirmados.
Quanto ao vírus zika, foram registrados 28 casos prováveis, sendo dois confirmados. Não há óbitos por essas doenças em Minas Gerais até o momento.
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