Uma investigação liderada pela Polícia Federal de Varginha, no Sul de Minas, terminou com a prisão de 130 pessoas na tarde desta sexta-feira (19). O alvo da operação “Papilha” era o Campeonato Nacional de “Rinha de Galo” e foi deflagrada, com o apoio Superintendência da PF do Estado do Rio de Janeiro, em Avelar, distrito de Paty do Alferes (RJ).
Entre os presos, 45 pessoas eram proprietários de galos, além de árbitros do evento, seguranças e apostadores.
No momento da ação, a PF flagrou galos combatendo em duas arenas usadas para o evento, que reuniu galistas de vários estados brasileiros e funcionava em uma fazenda, em cuja porteira havia seguranças, que controlavam o acesso, restrito somente a pessoas autorizadas pelos promotores da rinha. No local, havia avisos de que era proibido fotografar e filmar o evento, no afã de manter o maior sigilo possível sobre os delitos.
Galos com sinais de lesões ou mutilações e grande quantidade de aves acomodadas em gaiolas foram encontrados pelos policiais. Também foram apreendidas esporas, biqueiras, dinheiro e talões de apostas.
Os presos responderão pelo crime ambiental de maus tratos, capitulado no artigo 32 da Lei dos Crimes Ambientais, podendo cumprir até um ano de detenção.
O nome da Operação é referência à pele vermelha, pendente da parte de baixo da cabeça do galo.