Duas pessoas foram presas na manhã desta quinta-feira (8) em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, suspeitas de integrarem uma organização criminosa que teria fraudado o Programa do Seguro Desemprego. O grupo já teria causado um prejuízo de pouco mais de R$ 30 milhões.
Segundo a Polícia Federal (PF), também foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Ribeirão Preto, Jaboticabal, todas cidades paulistas, além de Catalão, em Goiás, e Gurupi, no Tocantins.
Durante a operação intitulada "Chakal", foram apreendidos documentos pessoais falsos, documentos de empresas, carimbos, computadores e quatro veículos. Conforme a polícia, as investigações começaram em outubro de 2011, após o Ministério do Trabalho e Emprego suspeitar de fraudea relacionadas a empresas que estariam declarando a contratação e demissão de empregados com o intuito de requerer o seguro desemprego.
Ainda de acordo com a PF, foi constatado que os sócios das empresas e requerentes do seguro desemprego eram fictícios. Eles se passavam por uma grande organização especializada neste tipo de negócio, sendo que, até o momento já foram identificadas 280 empresas participantes do esquema.
As investigações apontam um prejuízo de pelo menos R$ 30 milhões, sendo que, outros R$ 7 milhões deixaram de ser pagos devido ao compartilhamento de informações entre técnicos do MTE e a PF para aperfeiçoar os sistemas de controle.
Os envolvidos vão responder pelos crimes de formação de quadrilha e estelionato, além de lavagem de dinheiro, cujo as penas podem variar de cinco a vinte anos de prisão.