2022 a 2024

PIB cresceu mais rápido depois da pandemia, diz estudo da Fiemg

Recuperação acelerada foi impulsionada pelo aumento do consumo

Agência Brasil
Publicado em 28/03/2025 às 16:46.
Segundo a Fiemg, este ciclo de crescimento foi ancorado em políticas de estímulo fiscais e monetárias (Maurício Vieira / Hoje em Dia)
Segundo a Fiemg, este ciclo de crescimento foi ancorado em políticas de estímulo fiscais e monetárias (Maurício Vieira / Hoje em Dia)

A economia brasileira no triênio pós-pandemia, de 2022 a 2024, cresceu em ritmo mais que duas vezes maior do que o registrado nos três anos anteriores à Covid-19. Estudo divulgado nesta sexta-feira (28) pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) mostra que, entre 2017 e 2019, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou, em média, 1,4%. Já entre 2022 e 2024, a alta foi de 3,2%.

O levantamento aponta que essa recuperação acelerada foi impulsionada pelo aumento do consumo, fortalecido pela recuperação do mercado de trabalho e pela ampliação do crédito.

A alta foi concentrada no setor de serviços, que teve expansão de 15,9% entre 2022 e 2024. Em Minas Gerais, destacada no levantamento, esse aumento foi ainda mais intenso, com crescimento de 32,7%.

A expansão neste segmento começou durante a pandemia, em junho de 2020, e foi acelerada pelo crescimento rápido da digitalização do consumo, tanto em empresas consolidadas quanto em novos negócios.

A indústria teve uma recuperação inicial rápida e voltou aos níveis pré-pandemia em agosto de 2020, mas perdeu fôlego a partir de 2021, com períodos de estagnação.

“A indústria reagiu bem ao choque inicial, mas depois enfrentou obstáculos, como a inflação elevada e a necessidade de ajustes na política monetária. Ainda assim, o setor segue sendo essencial para garantir um crescimento sustentado no longo prazo”, explica Flávio Roscoe, presidente da Fiemg.

Segundo a Fiemg, este ciclo de crescimento foi ancorado em políticas de estímulo fiscais e monetárias, mas com um efeito colateral, em parte, difícil de administrar: o aumento da inflação. A federação avalia que a ferramenta utilizada para reequilibrar a relação entre capital produtivo, remuneração da força de trabalho e consumo das famílias foi o aumento na taxa básica de juros (Selic), que se estende até hoje.

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por