O piloto e recentemente promovido a comandante da TAM, Marco Antônio Leão Ramos, de 40 anos, foi cremado na tarde desta sexta-feira (3) no Cemitério e Crematório Parque Renascer, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ele foi executado na noite da última quarta-feira (1º) com um tiro às margens da BR-262, em Anastácio, a 134 quilômetros de Campo Grande (MS). O piloto, que morava em Contagem, estava de férias no Pantanal. Segundo as primeiras informações da Polícia Civil, Marco Antônio foi encontrado morto dentro de sua caminhonete Hilux, que transportava seu barco.   Os primeiros exames periciais apontaram para um tiro no olho esquerdo que transfixou a cabeça. Segundo as primeiras investigações, Marco Antônio havia saído com os pais para comprar gasolina para o barco. Como o posto não aceitava cartões, o piloto decidiu retornar sozinho ao hotel para buscar dinheiro ou talão de cheque. No caminho de volta, ele foi abordado, supostamente como vítima de sequestro-relâmpago e acabou executado. Os pais do piloto estranharam a demora e acionaram a polícia.    Nesta sexta-feira, o delegado Mário Donizete Ferraz de Queiroz, que está à frente da investigação, disse que trabalha com a hipótese de que o autor do homicídio tivesse intenção de roubar a caminhonete Hilux. “Trinta minutos antes do crime acontecer uma caminhonete do tipo já havia sido abordada, mas o condutor conseguiu arrancar e pedir ajuda por estar perto do Batalhão do Corpo de Bombeiros”, afirmou o delegado.   O local onde o corpo foi encontrado fica em uma área habitada da cidade, no bairro Jardim Independência. Na carteira do piloto foram encontrados R$ 521, cartões de crédito e dinheiro. Ocupantes de uma S10 de cor branca são suspeitos de terem cometido o crime, já que o carro foi flagrado escoltando a caminhonete de luxo pelas câmeras de segurança de um estabelecimento comercial e de uma rua da cidade, conforme o delegado.    O dono do hotel onde o piloto estava hospedado com o pai, a mãe e a namorada confirmou ao delegado que o piloto já havia se hospedado no local no ano passado. “Ainda há várias perguntas sem respostas, mas eu acredito que quem fez isso tinha uma encomenda de uma caminhonete do tipo. O piloto pode ter reagido ao crime e eles atiraram. No susto, fugiram sem levar nada, já que a área é habitada”, contou o delegado. Segundo ele, o reboque no qual a lancha estava acoplada havia um pneu furado, o que também pode ter prejudicado a ação dos assassinos.

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