Piloto morto em desastre aéreo em BH será sepultado em Divinópolis

Hoje em Dia
10/06/2015 às 11:41.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:25

(Arquivo Pessoal/Reprodução)

Os restos mortais do piloto Carlos Eduardo de Abreu, que estava no bimotor King Air que caiu em Belo Horizonte no fim de semana, será sepultado no Cemitério Interlagos, em Divinópolis, região Centro-Oeste de Minas.   O corpo, que ficou carbonizado, foi identificado e liberado pelo Instituto Médico-Legal (IML) da capital na terça-feira (9) e retirado pelos familiares na manhã desta quarta-feira (10). A reportagem do Hoje em Dia não conseguiu confirmar o dia e horário do enterro.   Carlos Eduardo era um dos três pilotos que estava na aeronave de pequeno porte. Além dele, morreram também Gustavo de Toledo Guimarães e Emerson Tomhazini. A causa da queda está sendo investigada pela Aeronáutica e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).    A Polícia Civil informou, por meio de assessoria, que o delegado de Operações Aéreas, Ramon Sandoli, foi ao local do acidente mas, como até o momento não foram encontrados indícios de crime, o órgão não está responsável pela apuração do desastre.    O avião bimotor King Air caiu na tarde de domingo (7) em um terreno da rua São Sebastião, no bairro Minaslândia, região Norte de BH. Os três tripulantes da aeronave morreram carbonizados no local.   Investigação   Na tarde de segunda-feira (8), peritos encontrar a caixa-preta do avião, que foi enviada ao Ministério da Aeronáutica, em Brasília. De acordo com o major Raphael Vargas, coordenador das investigações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) , a caixa-preta só grava o áudio, mas deve permitir saber o que houve antes e durante a decolagem da aeronave. Vargas considera remota a tentativa de pousar, com a aeronave em total descontrole, como mostram imagens feitas por pilotos e moradores da Pampulha, veiculadas pelas redes sociais na internet.   Durante toda a segunda, quatro peritos do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III) - braço da Força Aérea Brasileira (FAB) e um da Polícia Civil participaram da remoção dos destroços da aeronave, pertencente ao grupo Montesanto Tavares Participações e Empreendimentos, que reúne oito empresas.   Embora não se tenha a informação exata sobre as causas do acidente, palpites indicam que a perda de controle da aeronave se deu devido ao efeito stall, ou seja, o avião deixou de ter sustentação. Isso ocorreu, segundo pilotos, porque ao usar a decolagem americana, o piloto do King Air não teria nivelado o equipamento antes de os motores perderem força.   "A decolagem americana é gostoso de fazer, mas não é a decolagem que o piloto faz com passageiros a bordo. É uma manobra esportiva, muito usada na guerra", afirma o técnico de manutenção de aeronaves e piloto Francisco Pio, diretor da Starflight Escola de Aviação Civil. Segundo ele, no caso, o avião subiu quase na vertical. "O piloto puxou manche com muita força, o nariz do avião subiu. O piloto tentou voltar, não conseguiu. É uma possibilidade. Quem vai dizer é o Cenipa", argumenta.

 

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