PREVENÇÃO

Pirulito da Praça Sete é coberto com 'camisinha' gigante no Dia Mundial de Luta contra a Aids

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
01/12/2022 às 10:05.
Atualizado em 01/12/2022 às 10:10

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

O pirulito da Praça 7, no Centro de Belo Horizonte, recebeu um “preservativo” gigante na manhã desta quinta-feira (1º), em ação promovida no Dia Mundial de Luta Contra a Aids. A ação no obelisco símbolo do marco zero da capital foi organizada pela Associação das Prostitutas de Minas Gerais (Aprosmig). 

De acordo com a presidente da Aprosmig, Cida Vieira, o ato simbólico é para mostrar a importância da educação sexual. "O ato é para conscientização e para quebrar o tabu da prevenção com o uso da camisinha. Enquanto para trabalhadora sexual é um Epi, para a população em geral não se fala isso e não se tem campanhas", explica.

Integrante do Movimento Nacional das Cidadãs Positivas e portadora de HIV, Eliana Moura, afirma que o tema ficou invisibilizado e, por isso, é necessário chamar atenção da população sobre o tema. "A Aids ainda mata. A gente quer chamar atenção para o preconceito, que mata mais que a doença. É importante se testar e se der positivo fazer o tratamento", afirma. 

O uso de preservativos masculinos e femininos e gel lubrificante estão entre as principais ações preventivas contra o HIV. Também já estão disponíveis a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que consiste no uso de antirretrovirais para prevenir a infecção caso a pessoa venha a ser exposta ao vírus, e a Profilaxia Pós-Exposição (PEP), que pode impedir a infecção caso seja administrada até 72 horas após a exposição. Mesmo no caso de haver uso dessas profilaxias, a camisinha continua importante, pois previne também outras infecções sexualmente transmissíveis, como a sífilis e as hepatites virais.

Em BH, os moradores já têm acesso a diversas opções de preservação contra a doença, como preservativos, testagem rápida, ampliação do acesso à Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) nos serviços especializados, ações de redução de danos, comunicação e educação. 

O movimento desta quinta realizado pela Aprosmig também contou com carro de som, além de faixas e banners no Centro de BH, onde há grande circulação de pessoas. 

Doença

A aids é causada pela infecção pelo HIV, que ataca o sistema imunológico, responsável pela defesa do organismo. O vírus é capaz de alterar o DNA de uma das células do corpo humano e fazer cópias de si mesmo. Ao se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. “Vale lembrar que a pessoa que vive com o HIV pode não desenvolver a aids, caso realize o tratamento adequado”, reforça o Ministério da Saúde.

A transmissão ocorre por meio do sexo vaginal, anal ou oral sem camisinha; pelo uso de seringa por mais de uma pessoa; por transfusão de sangue contaminado e pelo uso de instrumentos não esterilizados que furam ou cortam. É possível transmitir o vírus também durante a gravidez, no momento do parto e na amamentação.

“É importante quebrar mitos e tabus, esclarecendo que as pessoas que vivem com HIV não transmitem a doença das seguintes formas: masturbação a dois; beijo no rosto ou na boca; suor e lágrima; picada de inseto; aperto de mão ou abraço; sabonete, toalha, lençóis; talheres e copos; assento de ônibus; piscina; banheiro; doação de sangue; pelo ar”, destacou a pasta.

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

(Valéria Marques / Hoje em Dia)

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