JUIZ DE FORA – A área do aeroporto Francisco Álvares de Assis, conhecido como aeroporto da Serrinha, em Juiz de Fora, na Zona da Mata, está vulnerável à entrada de animais e até mesmo de pessoas. Aproximadamente 40 metros da cerca na cabeceira da pista 21 estão abertos.

Buracos na tela galvanizada foram constatados no dia 29 de outubro e mostram a fragilidade na proteção em um dos pontos de manobra de aeronaves na pista. Na edição de ontem, o Hoje em Dia mostrou falhas que comprometem a segurança em vários aeroportos do Estado.

Segundo fontes que trabalham no aeródro-mo, a manutenção de todo o cercamento, de 1.535 metros, é feita por apenas um funcionário. Informaram ainda que o problema existe há pelo menos cinco anos. Período que coincide com a administração do terminal feita pela Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (Sinart).

Limite

O Hoje em Dia esteve no lugar e constatou a falta de barreiras no limite do aeroporto com a rua José Ribeiro Barata, no bairro Santos Dumont. Em vários pontos é possível perceber indícios da presença de moradores.

A poucos metros da pista há um acesso ao local por meio de uma trilha. Em outro ponto, há até mesmo plantação de mandioca e um galinheiro. Também foram encontrados restos de entulho e lixo, que atraem urubus.

De acordo com os funcionários, várias vezes foi preciso espantar cães e aves da pista antes do pouso de aeronaves.

No aeroporto, há 14 voos diários regulares da Trip com modelo ATR 72, de 72 lugares, e ATR 42, de 47 posições, cujos destinos são Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. A média de ocupação é de 70%.

O coordenador da Escola Superior de Aviação Civil (Esac), José Roberto Ribeiro, diz que o fácil acesso à pista compromete a segurança das operações no aeródromo. “Além disso, aves de grande porte, como os urubus, são um sério problema”.
 
Saiba mais sobre a situação dos aeroportos no interior de Minas na Edição Digital

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