A Polícia Militar mineira lamentou na noite desta quinta-feira (18) a morte do coronel Edgar Soares, aos 80 anos, em Belo Horizonte. O coronel se tornou conhecido no país inteiro ao ser feito refém por presos durante um motim na Penitenciária de Contagem, na região metropolitana, em 1990.
Na época, o bando, em fuga, chegou a Juiz de Fora, na Zona da Mata, e se refugiou em uma casa - o que fez com que o episódio ficasse conhecido como o "sequestro da Rua das Margaridas", nome da via onde o imóvel ficava. Foram 12 dias em poder dos criminosos, em um caso amplamente noticiado pela imprensa e que parou o país.
A nota de pesar da PM é assinada pelo comandante-geral da corporação, o também coronel Rodrigo Piassi do Nascimento, e destaca a dedicação e o envolvimento de Edgar com “as causas da família militar”.
Segundo o texto, o policial foi um aspirante de 1964, tendo sido fundador e primeiro presidente da Associação dos Oficiais da PM e Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais.
Também foi presidente do Clube dos Oficiais Militares Mineiros entre 1990 e 1991 e de 1994 a 1995, além de fundador da Academia de Letras João Guimarães Rosa.
O coronel morreu de insuficiência coronária e pulmonar no Hospital Luxemburgo, onde estava internado havia duas semanas, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
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